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É normal que a mulher tenha reações intensas após o orgasmo?

O orgasmo feminino ainda provoca inúmeras dúvidas entre homens e até mulheres - iStock
O orgasmo feminino ainda provoca inúmeras dúvidas entre homens e até mulheres - iStock

Redação Publicado em 28/03/2021, às 10h00

As reações das mulheres pós-orgasmo são as mais diversas possíveis e, algumas vezes, podem até acabar surpreendendo o parceiro ou parceira. Algumas chegam ao ápice do prazer e ficam cansadas, com sono, preguiça; outras podem desmaiar ou apresentar uma tremedeira incontrolável. 

O desmaio, por exemplo, pode ocorrer devido à intensidade do orgasmo, que fez com que o corpo seja invadido por uma série de substâncias que geram bem-estar e provocam alterações importantes, como taquicardia e aumento da sudorese.

Nosso cérebro pode interpretar essas sensações de maneira equivocada, fazendo com que ocorram tonturas e eventuais desmaios. Por mais que não seja motivo para preocupação, é recomendado procurar por um médico caso ocorra com certa frequência. 

Tudo depende também da intimidade que a mulher construiu com a outra pessoa. Muitas se queixam que gostariam de conversar após o orgasmo ou, até mesmo, discutir a relação. Mas o importante é aproveitar o momento e “abraçar a causa”, ou seja, se der sono, um cochilo não faz mal a ninguém.  

Nem sempre é fácil chegar lá 

O orgasmo feminino ainda é um assunto que desperta muitas dúvidas tanto nos homens como nas próprias mulheres. Isso porque nem sempre é fácil alcançar esse ápice de prazer, principalmente nas primeiras experiências sexuais. 

Confira algumas dicas que podem ajudar nessa missão: 

#1 Para muitas mulheres, chegar ao orgasmo só com a penetração também é complicado. Por isso, é fundamental caprichar nas preliminares, com estímulos no clitóris, seja pela masturbação ou sexo oral. Brinquedos sexuais também podem ajudar bastante.

#2 O estímulo não precisa se resumir às preliminares. Durante a penetração, é possível que o parceiro, ou parceira, ou mesmo a própria mulher continue com o estímulo no clitóris para encurtar o caminho para o orgasmo. Algumas posições sexuais também permitem que essa região seja estimulada com o corpo do parceiro.

#3 Todo mundo fala, há muito tempo, sobre “ponto G” e como encontrá-lo. Mas o que se sabe hoje, com pesquisas, é que não se pode comprovar a existência desse local específico na parede da vagina que dispararia um orgasmo mais profundo nas mulheres. Tudo indica que a origem do prazer seja mesmo o clitóris, uma região que pode ser estimulada de diferentes formas.

#4 Sempre costumo lembrar que clitóris não é campainha! Assim como o pênis, é uma parte do corpo bastante sensível que existe cuidado durante o estímulo.

#5  Vale enfatizar a importância da intimidade e da confiança no momento da relação. Claro que tesão e prazer são fundamentais, mas se sentir confortável com a pessoa que está com você pode fazer muita diferença no sexo. Não basta ser só bom de cama, mas também de papo, ou seja, saber conversar para saber o que o(a) parceiro(a) gosta mais ou não gosta.

#6 Ainda existe um tabu sobre a ejaculação feminina. Algumas mulheres, em algumas situações, relatam a saída de líquido sob pressão no momento do orgasmo. Pesquisas indicam que esse líquido seria possivelmente lançado pela uretra, e o conteúdo seria urina misturada com alguns líquidos produzidos por glândulas que ficam ali na região. Vale lembrar que, perto do orgasmo, a lubrificação na vagina pode aumentar bastante e, com a contração do orgasmo, esse líquido pode sair.

#7 Diferente do homem, a mulher pode ter orgasmos múltiplos – um encadeado no outro. Diferente do homem, que precisa de um período de descanso entre um e outro. Mas o importante não é a quantidade, e sim a qualidade. Se você tiver só um orgasmo intenso, está ótimo. E se ele não aparecer, também não é motivo para encanar – é um processo que vai sendo construindo aos poucos, com diálogo e intimidade.