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Como a menopausa interfere no sono e no metabolismo?

A menopausa é o nome dado à última menstruação e marca o fim da fase reprodutiva da mulher - iStock
A menopausa é o nome dado à última menstruação e marca o fim da fase reprodutiva da mulher - iStock

Durante uma live nas redes sociais, o psiquiatra Jairo Bouer e a jornalista Fabiana Scaranzi  debateram sobre diversas questões que envolvem a menopausa, bem como responderam às perguntas dos internautas. 

Uma seguidora chegou a questionar como essa fase da vida da mulher pode interferir na qualidade do sono. Segundo Jairo, o desequilíbrio hormonal é, na maioria das vezes, o grande responsável por essa dificuldade:

No climatério e na menopausa, há uma falência ovariana, ou seja, a mulher nasce com um estoque de folículos que vão se esgotando ao longo da sua vida. Quando esses folículos deixam de evoluir, eles não produzem estrógeno e progesterona, hormônios que fazem todo o ciclo da mulher. Isso pode levar a alterações do funcionamento do corpo, dos outros hormônios e, inclusive, da melatonina, que é o neurotransmissor envolvido com o sono”, explicou.

Para o psiquiatra, uma mulher na menopausa que enfrenta dificuldades com o sono pode até buscar recursos mais pontuais, como medicamentos para conseguir dormir, mas, a longo prazo, isso não é muito sustentável. Afinal, via de regra, esses remédios podem gerar dependência e alguns efeitos colaterais. Por isso, Jairo comentou que fazer uma reestruturação no estilo de vida é o melhor caminho:

O ideal é que a mulher faça atividade física regular, tenha uma dieta adequada e, procurando um médico, realize a reposição hormonal se necessário. Tudo isso pode contribuir para a qualidade do sono. Além disso, práticas não medicamentosas para o controle da ansiedade, como meditação e yoga, e deixar de mexer no celular, pelo menos, uma hora antes de dormir, podem ter um impacto bastante positivo”. 

Confira:

E o metabolismo?

Ao longo do bate-papo, outra seguidora também perguntou como a menopausa é capaz de afetar o metabolismo da mulher. Segundo ela, essa foi uma fase em que ela engordou e estava bastante irritada. Jairo explicou que, assim como o sono, a queda nos hormônios também pode contribuir para a alteração no metabolismo como um todo, o que acaba aumentando as taxas de colesterol e o acúmulo de gordura na região abdominal. 

É importante cuidar da questão do peso porque, depois da menopausa, a mulher está mais sujeita às doenças cardiovasculares, aumentando o risco para condições como hipertensão, diabetes tipo 2 e síndromes metabólicas. Por isso, essa mudança no estilo de vida pode fazer toda a diferença”.
Milena Alvarez

Milena Alvarez

Caiçara e jornalista de saúde há quatro anos. Tem interesse por assuntos relacionados a comportamento, saúde mental, saúde da mulher e maternidade. @milenaralvarez