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Reposição hormonal na menopausa: veja riscos e benefícios

A menopausa é o nome dado à última menstruação e marca o fim da fase reprodutiva da mulher - iStock
A menopausa é o nome dado à última menstruação e marca o fim da fase reprodutiva da mulher - iStock

A terapia de reposição hormonal, também conhecida pela sigla TRH, sempre gera dúvidas, principalmente no período da menopausa. Fazer ou não fazer? O tema foi um dos assuntos abordados pela jornalista Fabiana Scaranzi e pelo psiquiatra Jairo Bouer em uma live sobre o climatério realizada no Instagram de Scaranzi, que também é estudante de psicologia.

Jairo começa lembrando que esse é um tratamento totalmente individualizado e é essencial ter acompanhamento médico:

Sem dúvida nenhuma, a TRH é uma tecnologia que beneficia muito as mulheres, em vários aspectos da vida. Cada vez mais, temos essa percepção que a indicação da TRH tem muito a ver com cada mulher, com cada momento da vida dela e precisa ser uma indicação individualizada. Ou seja, o médico vai olhar caso a caso e discutir com a paciente quais os benefícios e eventuais riscos”, alertou.

Ainda nesse campo da individualidade, o psiquiatra comentou sobre a contraindicação do uso da TRH para mulheres que têm histórico familiar ou já enfrentaram um câncer de mama ou de endométrio, por exemplo. Além disso, existem formatos distintos de reposição, na qual a mulher pode repor apenas o estrogênio ou fazer uma combinação com a progesterona. 

A TRH não é para vida toda. Muitas vezes, ela vai estar presente em uma fase da vida da mulher, especialmente naquela em que os sintomas estão impactando mais a sua qualidade de vida e bem-estar”.

TRH em prol da saúde mental  

A saúde mental também está sempre em pauta e foi um dos tópicos discutidos durante a conversa. Jairo explicou como a utilização da TRH pode impactar diretamente a questão psicológica

Sabemos que a mulher, proporcionalmente, apresenta mais transtornos de saúde mental do que os homens. Isso, sem dúvidas, tem relação com essas marcações hormonais, essas oscilações cíclicas que a mulher apresenta em sua fase fértil, durante a gestação e puerpério, ou no próprio climatério e menopausa. Então, nós sabemos que existe uma relação muito íntima entre esses níveis hormonais e o risco de um adoecimento psíquico”, pontuou.

Para o psiquiatra, é importante se valer de todos os recursos disponíveis para cuidar da saúde mental: “A mulher precisa ‘virar uma chave’, passar a olhar para essa fase como um novo momento da vida. Ela não é menos mulher, menos feminina ou menos produtiva porque está entrando no climatério e menopausa. Quando a mulher consegue fazer isso, a mudança é significativa”, finalizou.

Confira:

O que muda na menopausa?

Antes de chegar na menopausa, a mulher já entra no climatério. Ou seja: as mudanças começam algum tempo antes de a última menstruação acontecer e incluem uma série de sintomas, que variam de acordo com cada uma.

Alguns desses sintomas têm a ver com a vida sexual. Muitas mulheres sentem uma diminuição da lubrificação vaginal devido às alterações da mucosa do revestimento interno da vagina, o que pode tornar a relação sexual mais difícil, dolorosa ou desconfortável. 

É comum, também, que a mulher passe por alterações emocionais nesse período do climatério, que podem levar a uma piora do desejo sexual, como: ficar mais irritada, ter dificuldades para dormir, desenvolver sintomas depressivos e labilidade (oscilações emocionais).

Dá para aumentar a libido após a menopausa?

Além da reposição hormonal, existem outras opções que podem ajudar a aumentar a libido nesta fase, são elas:

Portanto, existem diversas oportunidades para aumentar a libido após a menopausa. É recomendável conversar com um ginecologista para que a mulher e o médico possam traçar a melhor estratégia juntos. 

Milena Alvarez

Milena Alvarez

Caiçara e jornalista de saúde há quatro anos. Tem interesse por assuntos relacionados a comportamento, saúde mental, saúde da mulher e maternidade. @milenaralvarez