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Cansaço e falta de energia constantes? Veja 10 possíveis razões

Procurar auxílio médico é sempre a melhor conduta quando percebemos que algo está errado - iStock
Procurar auxílio médico é sempre a melhor conduta quando percebemos que algo está errado - iStock

Você dorme bem quase todas as noites, mas sente cansaço durante o dia? Não tem disposição para trabalhar ou estudar, quanto mais para fazer exercício? Algumas condições de saúde podem explicar essa falta de energia que é considerada uma das queixas mais frequentes dos consultórios médicos. 

Por falar no assunto, é importante deixar claro que procurar ajuda de um médico ou profissional de saúde é sempre a melhor conduta quando percebemos algo de errado na nossa saúde física ou mental. 

A seguir, você encontra uma lista das condições mais frequentemente associadas à fadiga, segundo especialistas, além de hábitos que podem piorar o problema.

1. Anemia

Ter anemia significa que você não tem glóbulos vermelhos suficientes para levar oxigênio aos tecidos do corpo. Menos oxigênio significa menos energia e mais fadiga, e a anemia está entre as causas mais comuns de fadiga. A forma mais comum de anemia é pelo baixo teor de ferro, o que, por sua vez, pode ser resultado de cirurgia de redução do estômago, menstruação intensa, doenças crônicas ou alimentação deficiente. Um teste simples pode verificar o problema. O tratamento depende da causa da anemia, além do uso de suplementos e orientações nutricionais. 

2. Doença celíaca

Doença celíaca é uma doença autoimune que faz com que o sistema imunológico ataque o intestino delgado quando uma pessoa ingere glúten, proteína encontrada no trigo, centeio e cevada. O intestino delgado fica tão perturbado que a pessoa não recebe necessariamente os nutrientes de que precisa. Isso leva não apenas à fadiga, mas também a outros sintomas, como anemia, diarreia frequente e perda de peso. O único tratamento é excluir da dieta alimentos que contenham glúten.

3. Apneia ou outros distúrbios do sono

A apneia do sono acontece quando suas vias respiratórias se fecham e você para de respirar repetidamente durante a noite. Isso causa despertares constantes, sem que a pessoa chegue a acordar por completo e se lembre no dia seguinte. Por causa dessas interrupções frequentes, as pessoas com apneia do sono tendem a ficar exaustas o dia todo. Também é comum que a pessoa que sofre de apneia ronque, acorde com sede ou dores de cabeça. Diante de uma suspeita, o médico deve solicitar um exame de sono. Se o problema for constatado, o tratamento é o uso de aparelhos orais, mudanças no estilo de vida e/ou uso de um dispositivo de pressão positiva contínua nas vias aéreas (CPAP). Outros distúrbios de sono, como insônia e síndrome das pernas inquietas também podem ser a causa do cansaço constante. 

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4. Síndrome da fadiga crônica

O sintoma definidor da síndrome da fadiga crônica (SFC) é, obviamente, fadiga – mas com características específicas. É um cansaço que dura pelo menos seis meses, que piora com o esforço mental ou físico e que não melhora por mais que a pessoa descanse. Ninguém sabe ao certo o que causa a SFC, mas sabe-se que algumas infecções podem aumentar o risco da condição. Não há cura para a doença ou mesmo um tratamento específico. Em vez disso, medidas de estilo de vida, como controlar o próprio ritmo, podem lhe dar mais energia. Algumas pessoas se beneficiam usando medicamentos ou terapia cognitiva.

5. Fibromialgia

Dores pelo corpo são o principal sintoma da fibromialgia, mas fadiga, sono de má qualidade e problemas de memória e humor também são comuns a essa condição, que é mais comum em mulheres. As causas ainda são um mistério, mas especialistas acreditam que ela pode ser causada por mudanças na maneira como o cérebro processa os sinais de dor. Embora não haja cura, uma variedade de medicamentos pode ajudar a controlar os sintomas da fibromialgia. Exercícios moderados, relaxamento e redução do estresse podem ajudar nos sintomas, bem como ertos medicamentos.

6. Dor crônica

Estar com dor constante, por qualquer motivo, costuma ser uma fonte de fadiga. Isso pode dificultar o sono e a prática de exercícios, aumentando a sensação de esgotamento. Certos medicamentos analgésicos também podem afetar os níveis de energia. Se você sofre de dor crônica e acha que isso pode estar contribuindo para o seu cansaço, converse com um médico sobre as opções de tratamento.

7. Problemas de tireoide

Tanto uma tireoide que funciona mal quanto uma hiperativa podem causar fadiga. O culpado mais comum, porém, é uma glândula hipoativa, que não produz hormônio tireoidiano suficiente. O hipotireoidismo também pode incluir inchaço ou ganho de peso, queda de cabelo, unhas quebradiças e outros sintomas. O problema é tratado com reposição de hormônio tireoidiano. 

8. Depressão

Estar deprimido ou ansioso pode envolver sintomas de cansaço constante, desmotivação,  apatia, problemas de concentração e memória. Vale lembrar que o uso de alguns antidepressivos também pode ter o aumento da fadiga como efeito colateral, e, nesse caso, é importante conversar com o psiquiatra sobre possíveis alternativas. 

9. Esclerose múltipla

A fadiga de quem sofre de esclerose múltipla, uma doença crônica que danifica os nervos, pode ter várias causas diferentes. Problemas com a bexiga podem fazer a pessoa acordar várias vezes por noite, assim como espasmos musculares. A depressão, que também pode estar presente, pode aumentar a fadiga. 

10. Hábitos de vida

Para muita gente, a fadiga constante não é causada por uma doença, mas sim por hábitos de vida, que é bom e ruim: por um lado, você não precisa receber tratamento para outro transtorno, mas, por outro lado, terá que ajustar sua rotina para melhorar. Isso inclui dormir o suficiente, fazer atividade física de forma regular, ter uma dieta saudável e até controlar quanto tempo você passa na frente das telas. 

Fonte: Health

Tatiana Pronin

Tatiana Pronin

Jornalista e editora do site Doutor Jairo, cobre ciência e saúde há mais de 20 anos, com forte interesse em saúde mental e ciências do comportamento. Vive em NY e é membro da Association of Health Care Journalists. Twitter: @tatianapronin