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Álcool e sexo: esclareça alguns mitos e verdades

Errar na quantidade de álcool que você ingere num encontro pode ser prejudicial em vários aspectos - iStock
Errar na quantidade de álcool que você ingere num encontro pode ser prejudicial em vários aspectos - iStock

Redação Publicado em 21/03/2021, às 11h00

Muito se fala sobre os impactos, positivos e negativos, do uso de álcool em nossa vida sexual. Será que é verdade que o álcool pode melhorar nosso desempenho? Ele traz algum risco na hora do sexo? Quem exagera no consumo de bebida alcoólica tem mais chance de acertar ou de errar em um momento de intimidade? Confira abaixo as principais relações entre álcool e sexo:

1. Quem bebe tem mais chance de se dar bem?

Não é bem assim! Em doses iniciais, o álcool pode produzir um certo relaxamento, diminuir ansiedade e aumentar a sensação de bem-estar. Isso pode facilitar o “chegar” em quem você está a fim. Mas errar na quantidade pode ser fatal. Com o aumento e exagero da ingestão você pode ficar sonolento, mais impulsivo, avaliar mal as respostas do seu “alvo” na paquera e, aí, a chance de meter os pés pelas mãos aumenta muito. Resultado: você acaba se dando mal!

2. Quem bebe mais do que deveria corre mais risco de “forçar” a barra?

Verdade! Pelas causas já explicadas acima, quem passa do seu limite pode perder as “travas” do bom senso, ficar mais ousado do que deveria e avançar o sinal sem ter sido “convidado” ou sem ter total consciência do que está fazendo.

A história vale para os dois lados, tanto para quem bebe demais e força a barra como para quem bebe e acaba “aceitando” o avanço do outro. Não é à toa que hoje se discute muito a questão do consentimento para o sexo e, para boa parte dos especialistas, quem bebe mal não está em condições de consentir em nada e deveria evitar o contato íntimo. Ou seja, a relação álcool e sexo exige cuidado, responsabilidade e atenção de todas as partes envolvidas.

3. Quem bebe pode ter um melhor desempenho na hora H?

Mito! As pessoas têm a falsa noção de que beber pode melhorar a performance no sexo, aumentar as chances de orgasmo e aumentar o tempo de ejaculação. Mas a história não é bem assim.

Quem bebe demais pode ficar muito mais lento, com sono e com demora importante das respostas do corpo. Assim, exageros podem aumentar o risco de perda de ereção e de diminuição das respostas de prazer da mulher, de não conseguir se chegar ao orgasmo, de enfrentar sonolência excessiva no meio do jogo amoroso, enfim, de ter um desempenho que mais decepciona do que impressiona.

4. Quem bebe mal corre mais risco no sexo?

Verdade! Quem exagera no consumo de bebida alcoólica pode perder a capacidade de avaliar bem o que está acontecendo e aumentar a chance de se expor a riscos no sexo (assim como outros tipos de risco).

Quem bebe mal pode escolher pior e se arrepender mais do que fez (“ressaca moral”), pode acabar fazendo mais sexo e com mais parceiros do que planejava (e isso não é bom), pode se expor mais a riscos de violência sexual, e pode acabar usando menos camisinha, o que aumenta o risco de ISTs (infecções transmitidas pelo sexo) e até de uma gravidez indesejada, caso a mulher não esteja usando outro método contraceptivo.

Moral da história: é importante estar muito atento a essas questões para se proteger e proteger quem está com você quando o assunto é álcool e sexo!

Quer saber mais sobre consumo responsável? Você encontra informações no site DRINKiQ.

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