Você já deve saber, mas não custa lembrar: este é o mês em que falamos muito sobre saúde mental e da prevenção ao suicídio, dentro do movimento conhecido como Setembro Amarelo.
E você consegue imaginar como sexualidade e saúde mental se conectam?
Quem sofre do ponto de vista de saúde mental possivelmente vai sentir um impacto na sua vida sexual. A recíproca também é verdadeira: quem enfrenta dificuldades em sua vida sexual, ou está em conflito com a sua sexualidade também pode sofrer com questões emocionais e de saúde mental.
Vamos a dois exemplos práticos: quem está com depressão ou tem um transtorno de ansiedade pode sentir menos desejo sexual, ter maior dificuldade em sentir prazer durante o sexo ou para chegar ao orgasmo.
Quando a gente não está bem, o sexo deixa de ser uma prioridade, concorda?
Por outro lado, se eu tenho um conflito com a minha orientação sexual, se eu enfrento dor ao fazer sexo, ou, ainda, se eu tenho problemas de ereção, isso pode mexer com a minha autoestima, com as minhas emoções e fazer com que eu desenvolva um quadro de ansiedade, e até fazer com que eu evite o contato com outras pessoas, o que pode comprometer minha saúde mental.
Por tudo isso, é importante vencer tabus e preconceitos em relação a esse tema. E também falar o que se sente, conversar com quem você confia sobre eventuais dificuldades, tanto no campo da sexualidade como da saúde sexual.
Não esqueça, também, que sempre há profissionais prontos para ajudar.
Este conteúdo é uma parceria com KY.
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Dr. Jairo Bouer
Médico psiquiatra com formação na Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), biólogo pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), e mestre em evolução humana e comportamento pela University College London, além de palestrante e escritor. Twitter: @JairoBouerDr
