Conheça a melhor dieta para proteger seu cérebro, segundo Harvard

Experimento aponta as vantagens da chamada Dieta Mediterrânea Verde

Tatiana Pronin Publicado em 23/09/2025, às 10h00

Pouco conhecido no Ocidente, o Mankai é uma planta aquática rica em aminoácidos e antioxidantes - iStock

Você já ouviu na Dieta Mediterrânea Verde? De acordo com pesquisadores de Harvard, seguir esse plano alimentar é a melhor maneira de adiar o envelhecimento do cérebro, ou seja, proteger-se de condições como o Alzheimer. 

A nova versão da dieta mais famosa do mundo promove o consumo de proteínas vegetais no lugar da carne, além do consumo diário de dois itens pouco comuns na alimentação ocidental: o chá verde e o Mankai (Wolffia globosa), uma planta aquática conhecida como superalimento, por ser rica em aminoácidos e antioxidantes.

Pesquisadores da Escola de Saúde Pública T.H. Chan, de Harvard (EUA), junto com equipes das universidades de Leipzig (Alemanha) e Ben-Gurion (Israel), avaliaram os efeitos desse plano alimentar em comparação com outros dois. 

Ao longo de 18 meses, 300 pessoas seguiram uma das três opções a seguir: a Mediterrânea comum, com restrição calórica, a Mediterrânea Verde, com inclusão de chá verde e Mankai, e uma dieta saudável simples, rica em vegetais e frutas e pobre em carne e açúcar. 

Proteção ao cérebro

Os resultados do experimento, batizado de Direct Plus e publicado no periódico Clinical Nutrition, apontam a Mediterrânea Verde como a vencedora no quesito proteção contra o envelhecimento do cérebro.

Segundo os pesquisadores, quem seguiu o plano apresentou menor quantidade de proteínas associadas ao envelhecimento acelerado do cérebro, que pode levar a dificuldades cognitivas, demência e outras condições neurológicas. A hipótese deles é a de que a Dieta Mediterrânea Verde teria efeito anti-inflamatório. 

Como é a Dieta Mediterrânea Verde?

Veja, abaixo, as principais características desse plano alimentar:

- grande quantidade de vegetais e frutas;

- oleaginosas, em especial as nozes (a recomendação é consumir 28 gramas ao dia);

- azeite de oliva, ervas e especiarias para preparar e temperar os alimentos;

- grãos integrais e leguminosas;

- mínimo possível de proteínas de origem animal (como carne, ovos, frangos, peixes e laticínios), dando preferência para as proteínas vegetais, como tofu, edamame, feijões, lentilhas e grão-de-bico;

- três xícaras ao dia de chá verde;

- 100 gramas ao dia de Mankai (também conhecida como “lentilha d'água”).

Vantagens e desvantagens

Estudos anteriores já indicaram que a Dieta Mediterrânea Verde também é útil para quem quer emagrecer, melhorar a saúde cardiovascular e a resistência à insulina, além de ser uma opção mais sustentável do ponto de vista ambiental. 

No entanto, por preconizar o baixo consumo de carnes e laticínios, esse plano alimentar pode ser pobre em ferro e cálcio, por exemplo, nutrientes que são importantes para diversas funções. O ideal, portanto, é apenas reduzir o consumo desses itens, em vez de tirá-los totalmente do cardápio. Além disso, é sempre bom contar com a orientação de um profissional de nutrição para garantir uma alimentação saudável e equilibrada.  

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