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Entenda se alergias podem piorar o ronco

Quem dorme com o roncador muitas vezes recorre a remédios e acaba mudando de quarto - iStock
Quem dorme com o roncador muitas vezes recorre a remédios e acaba mudando de quarto - iStock

Redação Publicado em 18/03/2022, às 15h00

Aproximadamente metade da população adulta em todo o mundo ronca. São cerca de quatro bilhões de pessoas com idades entre 20 e 80 anos que sofrem com o problema.

Desse total, há pelo menos 1 bilhão de pessoas, com idades entre 30 e 69 anos com apneia obstrutiva do sono (AOS), bloqueio intermitente do fluxo de ar que ocorre sem que a pessoa acorde completamente. O distúrbio fica sem diagnóstico na maioria das vezes.

O ronco é um ruído quase sempre irritante, produzido durante as fases REM e não REM do sono. As causas fisiológicas são muitas, mas, em geral, o problema decorre de uma obstrução das vias aéreas superiores, como resfriados.

Além disso, as posições da úvula e da epiglote (estruturas da garganta) durante o sono desempenham um papel significativo na ocorrência. Em pessoas com grande acúmulo de gordura no pescoço, ou flacidez nessas estruturas e nos músculos ao redor delas, as vias aéreas superiores ficam mais estreitas na posição deitada e, assim, surge o famigerado ruído.

A grande questão é que, quando o ronco é percebido com muito incômodo por ser alto e frequente, a outra pessoa na cama acaba recorrendo a remédios para dormir ou é obrigada a se mudar para outro ambiente da casa, o que pode prejudicar a saúde e/ou o relacionamento. 

Alergias podem piorar o ronco?

De acordo com o médico Howard LeWine, em um artigo publicado na Harvard Health Publishing, a resposta é sim. Alergias que causam congestão nasal, espirros e coriza (o que os médicos chamam de rinite alérgica) podem definitivamente causar ronco mais frequente e mais alto.

Confira:

Na verdade, a rinite alérgica é um contribuinte comum, mas pouco reconhecido, para a má qualidade do sono. Além disso, pessoas com essa condição em níveis moderados a graves são mais propensas a terem distúrbios do sono, como apneia. Isso pode levar à sonolência diurna, fadiga e, às vezes, a um humor e memória prejudicados.

Segundo o especialista, o tratamento da rinite alérgica pode reduzir com sucesso o ronco e diminuir outros sintomas relacionados ao sono de má qualidade.

Outras recomendações que podem evitar o ronco

  • Perda peso: o sobrepeso e a obesidade aumentam a propensão a roncar e também o risco de ter apneia obstrutiva do sono. Um estudo inclusive mostra que emagrecer um pouco já faz as pessoas dormirem cerca de 20 minutos a mais.
  • Evite o álcool perto da hora de dormir: a bebida causa um relaxamento dos músculos das vias aéreas. Além de aumentar a propensão ao ronco e à apneia, também mexe com a arquitetura do sono. 
  • Não fume: o tabagismo também é um fator de risco para o ronco e a apneia do sono, além de causar outras doenças. 
  • Evite dormir com a barriga para cima: essa posição facilita a obstrução das vias aéreas. 
  • Durma bem sempre: após uma noite em claro ou com poucas horas de sono, a tendência é roncar mais na noite seguinte.

Se você passa o dia sentindo cansaço e/ou acorda engasgado no meio da noite, não deixe de procurar um médico especializado em sono para avaliar o risco de apneia.

O mesmo vale para quem tentou as medidas acima e não parou de roncar. O tratamento adequado pode melhorar a sua qualidade de vida e de sua parceria, além de evitar que você gaste dinheiro com dispositivos vendidos na internet que trazem pouco resultado.

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