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7 cantos da casa com mais germes que o banheiro

O controle remoto está entre os itens mais sujos da casa, já que todos moradores costumam usá-lo - iStock
O controle remoto está entre os itens mais sujos da casa, já que todos moradores costumam usá-lo - iStock

Cármen Guaresemin Publicado em 24/04/2022, às 12h00

O biomédico Roberto Martins Figueiredo, mais conhecido como Dr. Bactéria, lista algumas partes da casa e objetos que não são tão limpos quanto pensamos. São situações que passam por nós desapercebidas no dia a dia. Para o especialista, muitas delas são hábitos antigos. Ou seja, algo que pode ser contornado se começarmos a prestar atenção e mudarmos nossas ações.

Ele afirma que, avaliando a nossa rotina de limpeza em uma casa, não existe local que seja mais limpo que o banheiro, se ele for diariamente lavado com detergentes e desinfetantes. No entanto, outros locais não tendem a ser tão criteriosamente higienizados.

A seguir, Dr. Bactéria lista sete objetos que apresentam mais germes do que o assento do vaso sanitário:

1. Mesas de escritório em casa: há 400 vezes mais germes nas mesas de escritório médias do que nos banheiros. Mantenha alguns lenços de desinfecção por perto (wipes).

2. Teclados: um teclado de computador pode ser um problema particularmente ruim, com 200 vezes mais germes do que um assento de um vaso sanitário.

3. Celulares: há dez vezes mais bactérias no seu smartphone do que no assento do vaso sanitário. Pense nisso na próxima vez que atender uma chamada e verifique se você está prestando atenção à frequência com que desinfeta telefone e capinha. O aparelho é mais contaminado que a sola de um sapato. As bactérias nele encontradas são provenientes das mãos, da saliva, dos locais e ambientes e, claro, dos banheiros. Elas podem transmitir muitas doenças, como mononucleose infecciosa, herpes, gripes, resfriados.

Houve, inclusive, um caso da transmissão, em Uganda, do vírus ebola para um homem que roubou um celular contaminado", afirma o biomédico.

4. Tapetes: há 4.000 vezes mais bactérias em seus tapetes do que em seu assento do banheiro. Pense em todas as células da pele e outros germes que estão enterrados lá dentro.

5. Controles remotos: são muitas vezes as coisas mais sujas em uma casa. Lembre-se de todas as vezes que alguém estava doente e passeando pelos canais... Mais uma vez, os lenços de desinfecção são necessários.

6. Interruptores de luz: os interruptores de luz podem ter cerca de 217 bactérias diferentes.

7. Pia da cozinha: por mais que possa parecer limpa, restos de alimentos e respingos de sucos de carnes podem levar micro-organismos para as juntas e reentrâncias de difícil limpeza e desinfecção. Principalmente Escherichia coli e salmonelas, entre outras. A presença de pratos, copos e utensílios completa a contaminação.

Estudo feito pela Fundação de Pesquisa para Saúde e Segurança Social (FESS), em parceria com a Universidade de Barcelona, apontou que a pia da cozinha possui 100 mil vezes mais germes do que no banheiro e que eles se concentram principalmente nas esponjas e nos panos.

Isso acontece porque são utensílios que estão em contato com a água o tempo todo e os locais com umidade são os preferidos das bactérias”, explica. E a esponja é o utensílio que mais causa este tipo de contaminação. “A pessoa lava a tábua de madeira contaminada com a mesma esponja que lava seus pratos e copos, por exemplo, espalhando bactéria por toda a louça. Esse tipo de contaminação pode causar diarreia e febre”, finaliza o biomédico.

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