Doutor Jairo
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Por que pessoas bêbadas fazem coisas que não fariam sóbrias?

Cada um de nós deve aprender a se relacionar com a bebida de uma maneira que não seja nociva - iStock
Cada um de nós deve aprender a se relacionar com a bebida de uma maneira que não seja nociva - iStock

Redação Publicado em 22/12/2021, às 18h00

“Doutor, quando a pessoa fica bêbada, ela faz coisas que ela não faria se estivesse sóbria, não faz?”

Sim! Nas pessoas que bebem demais isso acontece porque o álcool tem uma propriedade muito peculiar que altera a capacidade de avaliar o que está acontecendo ao redor. 

Sabe quando um indivíduo bêbado fala: “eu tô bem, posso dirigir até em casa”? Em casos assim, ele realmente está convencido que tem condições e guia bem, mas isso não é verdade. 

Os reflexos ficam mais lentos e há uma distração maior, porém, a pessoa não percebe ou admite porque o álcool acaba atrapalhando a sua capacidade de avaliar as situações.

Isso vale tanto para a condução quanto para relações sexuais e, até mesmo, envolvimento em brigas; o indivíduo está em uma festa, por exemplo, e interpreta que alguém “olhou feio” para ele, sendo que isso nunca aconteceu, começando uma confusão.

Confira:

Como saber que “passamos do ponto”? 

  • Se começar a falar ou rir sem parar;
  • Se perceber que sua voz está arrastada;
  • Se ficar com sonolência;
  • Se ficar com tontura na hora de levantar da cadeira;
  • Se perceber seu comportamento está muito fora do usual;
  • Se as pessoas começarem a dar sinais claros que você está incomodando.

Tudo isso pode sinalizar que você está passando ou já passou do ponto. Um problema adicional é que a bebida pode alterar nossa capacidade de avaliar o estado que realmente estamos e esse pode ser um fator complicador para parar. Por isso é importante se conhecer e valorizar a opinião de colegas, principalmente se esse erro de avaliação já aconteceu antes.

Se você perceber que está tendo problemas frequentes com o consumo de álcool, não demore em conversar com um amigo em quem confia e pedir ajuda profissional.

Vale lembrar ainda que não existe uma quantidade ideal de álcool ou que seja considerada 100% segura para todo mundo e os limites são individuais, podendo ser diferentes ao longo da vida. Fatores como peso, gênero, quantidade total de álcool ingerida e condições emocionais podem interferir na tolerância à bebida alcoólica.