Redação Publicado em 29/10/2021, às 18h00
Doutor, vi numa reportagem que a mamografia causa câncer, mulheres que fizeram, anos depois tiveram a doença.
Essas mulheres possivelmente tiveram a doença porque 12% de todas as mulheres enfrentam o câncer de mama ao longo de sua vida. Mas não foi por causa da mamografia. Diversos estudos mostram para gente que essa radiação eventual, uma vez por ano, não aumenta o risco de câncer de mama.
A gente sabe que tem algumas mutações que podem levar ao risco maior do aparecimento do câncer de mama. Mas, normalmente, a investigação genética é indicada para mulheres que têm parentes próximas com câncer de mama, como mãe, irmã ou filha. Nesse caso é importante conversar com o ginecologista sobre esse rastreamento.
Neste Outubro Rosa, mês de conscientização do câncer de mama, muito se fala sobre a doença com foco na mulher. Mas um mito comum é a ideia de que só elas podem desenvolver a doença. Homens têm mamilos, glândulas e, portanto, também podem ter tumores nessa região, embora seja muito mais frequente nas mulheres.
Um dos passos mais importantes para se identificar algo de errado na mama precocemente é conhecer bem o próprio corpo. Sentir algum nódulo, alterações na forma da mama ou do mamilo, pele com aparência diferente, ou secreções com sangue, por exemplo, são motivos para ir ao médico.
De qualquer forma, é importante destacar que a maioria dos casos de câncer de mama não tem sintomas nas fases iniciais. A mulher só descobre algo ao fazer os exames, como a mamografia, e aí sim o médico vai investigar a alteração. Por isso é tão importante fazer o controle.
São pequenos depósitos de cálcio em algumas áreas do corpo. No caso da mama, a presença de uma calcificação pode ser, em alguns casos, indício de que pode haver alguma lesão tumoral em formação. Vale lembrar que o câncer de mama não é uma, mas um conjunto de diversas doenças diferentes, com características próprias.
Veja, a seguir, os principais fatores de risco para desenvolver tumores nessa parte do corpo:
1. Sedentarismo: o ideal é praticar no mínimo meia hora de atividade física de três a quatro vezes por semana.
2. Beber em excesso: é fundamental consumir álcool com moderação (clique aqui para saber como).
3. Cigarro: fumar aumenta o risco desse e de vários outros tipos de câncer (veja aqui dicas para abandonar o tabagismo).
4. Obesidade: pessoas com excesso de peso são mais propensas à doença, por isso é importante buscar tratamento para mantê-lo sob controle.
5. Idade: embora o câncer de mama possa ocorrer em mulheres mais jovens, a probabilidade é maior a partir dos 40 ou 50 anos.
Assim, o que você pode fazer no seu dia a dia para diminuir seus riscos? Ter uma dieta mais saudável, não ficar o dia inteiro sem se movimentar, praticar uma atividade física, evitar álcool em excesso e não fumar.
