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Com apenas 19 anos, atriz de "Anne With an E" fala sobre câncer de mama

Atriz ficou conhecida por interpretar Josie Pye, na aclamada série "Anne With an E" - Reprodução / Netflix
Atriz ficou conhecida por interpretar Josie Pye, na aclamada série "Anne With an E" - Reprodução / Netflix

Redação Publicado em 15/07/2021, às 12h00

Miranda Mckeon ganhou fama após interpretar a personagem Josie Pye, na aclamada série "Anne With an E". No entanto, o motivo para a estrela estar nos holofotes recentemente não é tão bom. Em junho, a atriz anunciou a descoberta de um câncer de mama

A doença é bem rara para alguém da faixa etária de Miranda, com apenas 19 anos, e ela falou mais sobre a situação com a revista People. Segundo ela, a descoberta foi feita quando Miranda arrumava sua blusa e reparou em um nódulo no seio. Ela obviamente ficou preocupada e marcou uma consulta médica, mas depois relaxou, pois leu que o câncer de mama não era comum em pessoas de sua idade.

"Acho que eles [médicos] estavam mais preocupados do que deixaram transparecer, porque eu realmente não pensei em nada a respeito", lembrou. 

"Embora eu não tenha o cenário de caso mais fácil, como eu gostaria que não tivesse se espalhado para os meus nódulos linfáticos, ou que fosse um pouco menos complicado, eu nunca tive um momento em que eu pensasse, 'Oh, eu vou morrer com isso?'”.

A atriz ainda acrescentou que tenta se manter positiva durante o tratamento: "Acho que todo esse tempo foi mais como, 'Ok, vamos tratar disso e resolver'".

Como investigar o câncer de mama?

Luciene Miranda Barduco, médica ginecologista e obstetra, explica que o melhor exame para diagnóstico precoce do câncer de mama continua sendo a mamografia, que, por limitações técnicas, não se indica para mulheres jovens.

Nas mulheres jovens, com menos de 40 anos, o ideal é focar no autoexame mensal, na avaliação das mamas pelo ginecologista anualmente e, sempre que houver queixa ou nova alteração, considerar fazer exames de imagem, como a ultrassonografia e, às vezes, até a ressonância magnética.

Caso a história familiar para câncer de mama seja preocupante, é preciso iniciar exames de rastreamento mais cedo, entre 30 e 35 anos.

Para as mulheres acima de 40 anos, a mamografia é o principal aliado do médico na detecção do câncer de mama e deve ser repetida anualmente. Somente ela consegue identificar o sinal mais precoce do câncer de mama, as microcalcificações. Se existirem dúvidas na mamografia, podemos complementar a investigação com o ultrassom, a ressonância e até procedimentos invasivos.

E agora, doutora?

– Minha mamografia veio alterada, estou com câncer de mama?

– Na maioria das vezes, não!!

Toda e qualquer mamografia alterada merece ser avaliada, cuidadosamente, por seu ginecologista e, muitas vezes, pelo mastologista, o especialista nos cuidados com a mama.

A classificação usada nos achados da mamografia é a Birads. Ela permite que mesmo um médico não especialista possa ter ideia do risco de câncer e orientar ou encaminhar sua paciente. Essa classificação vai de 1 a 5 e orienta a conduta de acordo com o risco de associação da alteração na mamografia com câncer:

  • Exames Birads 4 ou 5 indicam que o mastologista deve ser consultado devido a um risco maior de câncer
  • Birads 1 ou 2 não se associam a câncer. As maiores dúvidas com relação à conduta ocorrem com:
  • Birads 3, que, na grande maioria das vezes, traduzem alterações benignas, que podem ser simplesmente acompanhadas de perto, dispensando procedimentos invasivos.

Dessa forma, mulheres que tenham mamografia alterada merecem uma avaliação personalizada e cuidadosa, a fim de não perderem a possibilidade do diagnóstico precoce do câncer da mama, o que faz toda a diferença com relação à agressividade do tratamento e à possibilidade real de cura.

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