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Mamografia: confira os 4 mitos mais comuns sobre o exame

Quanto mais cedo for detectado o câncer, maiores as chances de sobrevivência - iStock
Quanto mais cedo for detectado o câncer, maiores as chances de sobrevivência - iStock

Redação Publicado em 30/08/2021, às 12h00

A mamografia é um dos exames mais importantes para as mulheres já que é por meio dele que é possível identificar o câncer de mama ainda em seu estágio inicial. No entanto, muitas pessoas ainda têm medo e acreditam em mentiras quando se trata desse assunto. Por isso, separamos os 4 mitos mais comuns sobre o exame. Confira:

1. Quem não tem sintoma de câncer de mama ou histórico familiar não precisa fazer a mamografia anual

Na verdade, o American College of Radiology recomenda mamografias de rastreamento anuais para todas as mulheres com mais de 40 anos, independentemente dos sintomas ou histórico familiar. “A detecção precoce é crucial”, diz Sarah Zeb, especialista em imagem da mama, ao Johns Hopkins Medicine. “Se você esperar para fazer uma mamografia até ter sintomas de câncer de mama, como um caroço ou secreção, nesse ponto o câncer pode estar mais avançado.” De acordo com a American Cancer Society, o câncer de mama em estágio inicial tem uma taxa de sobrevivência de cinco anos de 99%. O câncer em estágio avançado tem taxas de sobrevivência de 27%. Mais de 75% das mulheres com câncer de mama não têm histórico familiar.

Já no Brasil, a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), o Colégio Brasileiro de Radiologia e Diagnóstico por Imagem (CBR) e a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomendam a mamografia anual para as mulheres a partir dos 40 anos de idade, enquanto o Ministério da Saúde preconiza o rastreamento bianual a partir dos 50 anos. 

2. A mamografia vai expor a paciente a um nível inseguro de radiação

“Embora a mamografia use radiação, é uma quantidade muito pequena e está dentro das diretrizes médicas”, diz Zeb. Como a mamografia é uma ferramenta de triagem, ela é altamente regulamentada pela Food and Drug Administration, Mammography Quality and Standards Act e outras organizações governamentais, como o American College of Radiology. A mamografia é segura, desde que o estabelecimento que você frequenta seja certificado pelos órgãos reguladores. 

Confira:

3. Caso haja qualquer tipo de câncer no tecido mamário, uma mamografia de rastreamento com certeza vai encontrá-lo

“Embora as mamografias anuais sejam muito importantes para as mulheres, existem limitações”, explica Zeb. Isso se deve principalmente ao tecido mamário denso, já que quanto mais densa a mama, maior a probabilidade de que o câncer fique oculto pelo tecido. “O tecido normal da mama pode ocultar um câncer e simular um câncer”, comenta a especialista. Além da mamografia anual, outros métodos de imagem, incluindo ultrassom e ressonância magnética da mama, podem ser usados em mulheres com tecido mamário denso.

4. “Fiz uma mamografia normal no ano passado, então não preciso de outra este ano”

A mamografia é um exame de detecção, não de prevenção. “Ter uma mamografia normal é uma ótima notícia, mas não garante que as futuras mamografias serão normais”, argumenta Zeb. "Fazer uma mamografia todos os anos aumenta a chance de detectar o câncer quando ele é pequeno e quando é mais facilmente tratado, o que também melhora a sobrevida."

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