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Luiza Brunet fala sobre vitiligo: “tinham fobia e escondiam”

A doença atinge pele, pelos e cabelo e não é contagiosa - Reprodução / Instagram
A doença atinge pele, pelos e cabelo e não é contagiosa - Reprodução / Instagram

Redação Publicado em 14/05/2021, às 16h17

Luiza Brunet deu uma entrevista recente ao O Globo e relembrou sua infância com vitiligo. A modelo salientou como a relação com essa doença mudou ao longo dos anos: "Antes, as pessoas tinham fobia e escondiam o vitiligo. O mundo era outro. Hoje, até mesmo com a ajuda da moda, a situação está melhor. Sempre falei sobre o assunto, mas acredito que nos últimos tempos, até mesmo por causa do meu discurso contra a violência doméstica, passaram a prestar mais atenção".

Mas, afinal, o vitiligo existe mesmo?

Essa foi uma pergunta feita no começo do ano, quando Karol Conká, na época no BBB21, disse que a doença não existia. Contudo, ela é, sim, uma doença real, caracterizada pela perda de coloração na pele.

As causas para isso acontecer ainda não estão totalmente claras, mas estima-se que fatores autoimunes, traumas e alterações emocionais podem estar ligados ao vitiligo.

Quais são os sintomas?

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), inicialmente, o sintoma é apenas a descoloração da pele em alguns pontos. Porém, muita gente fica com baixa autoestima por conta da doença, o que pode gerar problemas emocionais. Além disso, alguns pacientes relatam também sensibilidade e dor na área afetada.

Quando o vitiligo é detectado, o dermatologista pode classificá-lo por dois tipos:

  • Segmentar ou Unilateral: quando se encontra apenas em uma parte do corpo - vale lembrar que pelos e cabelos também podem perder a coloração. Acontece, normalmente, quando a pessoa ainda e jovem. 

  • Não Segmentar ou Bilateral: é o tipo mais comum e costuma aparecer em ambos os lados do corpo, como nas duas mãos, nos dois pés, nos dois joelhos etc. Normalmente, nesse caso, as manchas aparecem primeiramente nas extremidades do corpo, como mãos, pés, nariz e boca. Nesse tipo, há ciclos de "perda de cor", em que a doença se desenvolve mais e depois períodos em que ela estagna. 

Há tratamento?

Embora não haja cura, existem, sim, alguns tipos de tratamento para o vitiligo. Eles têm como objetivo frear o aumento das lesões e fazer a repigmentação da pele. Também existem alguns medicamentos que induzem à repigmentação das regiões afetadas.

Entre os tipos de tratamento, estão a fototerapia, que é indicada para quase todas as formas de vitiligo, com resultados excelentes, principalmente para lesões da face e tronco. Além disso, há a opção de usar laser, técnicas cirúrgicas e até transplante de melanócitos.