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Enxaqueca: conheça oito gatilhos comuns para as crises

Além de evitar os gatilhos das crises, é importante procurar o neurologista para tratar a enxaqueca - iStock
Além de evitar os gatilhos das crises, é importante procurar o neurologista para tratar a enxaqueca - iStock

Redação Publicado em 08/06/2021, às 19h33

A enxaqueca está longe de ser sinônimo de uma forte dor de cabeça. Ela é, na verdade, uma doença neurológica incapacitante, com forte componente genético. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cefaleias, cerca de 15% dos brasileiros sofrem do mal.

Além da dor, que pode afetar apenas um lado da cabeça ou ambos, uma crise de enxaqueca também envolve outros sintomas, como náuseas, vômitos, alterações visuais, sensibilidade à luz, a cheiros e a barulhos, bem como tonturas, formigamento ou dormências.

Antes de a crise começar

Algumas pessoas têm o que se chama de aura, sintomas que costumam aparecer antes do início da dor. Na maioria dos casos, essa manifestação é visual (a pessoa pode ver flashes de luz, pontos escuros ou linhas em ziquezague, por exemplo). Mas também há indivíduos que apresentam outros tipos de sintomas prévios, como sono excessivo ou alterações de humor.

Frequência

A enxaqueca pode ser classificada como episódica ou crônica. Pessoas com enxaqueca episódica têm no máximo 14 dias de dor de cabeça por mês. Já a crônica acontece 15 dias ou mais no mês e pode ocorrer quando o primeiro tipo não é reconhecido e tratado adequadamente.

Comorbidades

Não é incomum que a enxaqueca ocorra em associação a outras doenças, como depressão, ansiedade, insônia, bruxismo, prisão de ventre, síndrome do intestino irritavel, dores nas costas ou fibromialgia. Estudos também indicam que a enxaqueca pode ser um fator de risco para outras doenças, como as cardiovasculares.

Confira:

Causas x gatilhos

As causas da enxaqueca não são totalmente claras para a ciência, mas é comum que a doença afete vários integrantes da mesma família. No entanto, existem fatores que são capazes de deflagrar as crises nas pessoas que têm o problema. Veja, a seguir, os gatilhos mais comuns:

#1 Ansiedade ou tensão excessiva

Não é incomum que uma crise apareça logo após um evento estressante.

#2 Jejum prolongado

Ficar muitas horas sem comer nem se hidratar é péssimo para quem sofre de enxaqueca.

#3 Certos alimentos

Algumas pessoas dizem ter crises após comer queijo, chocolate, vinho ou frutas cítricas, entre outros itens.

#4 Sono irregular

Dormir mal ou pouco pode desencadear a dor. Mas acordar muito tarde, nos fins de semana, também pode ser um problema.

#5 Período pré-menstrual 

A maioria das mulheres que sofrem de enxaqueca relata crises antes ou durante a menstruação.

#6 Cafeína demais ou de menos

Exagerar no café ou ficar sem tomar (se você consome regularmente) podem causar enxaqueca ou mesmo a cefaleia comum.

#7 Estímulos a mais

Exposição excessiva ao sol, ao barulho e até a cheiros ou perfumes também podem ser gatilhos.

#8 Uso excessivo de analgésicos

Abusar dos remédios para dor de cabeça pode fazer com que sua dor se torne crônica.

Tratamento

Quem sofre de enxaqueca deve procurar um neurologista, que irá indicar os medicamentos que podem ser usados quando os sintomas aparecem, e outros que, utilizados de forma contínua, diminuem bastante a frequência, a severidade e a duração das crises.

É importante destacar que há medidas comportamentais que interferem bastante no sucesso do tratamento, como a prevenção dos gatilhos, a prática de atividade física regular, controle do estresse e fisioterapia.

Fontes: Sociedade Brasileira de Cefaleia, American Migraine Foundations, Dr. Jairo Bouer

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