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5 sintomas comuns do burnout

A síndrome de burnout é caracterizada pelo sentimento de exaustão e desmotivação - iStock
A síndrome de burnout é caracterizada pelo sentimento de exaustão e desmotivação - iStock

Redação Publicado em 12/01/2022, às 17h00

Em 1° de janeiro de 2022 entrou em vigor uma nova classificação da Organização Mundial da Saúde (OMS) que oficializa a síndrome de burnout como uma doença do trabalho ou, nas palavras do texto, “estresse crônico de trabalho que não foi administrado com sucesso”. 

Na classificação anterior, o quadro era considerado como um problema de saúde mental ou uma condição psiquiátrica. O novo documento chamado CID 11 tem o objetivo de reconhecer as doenças e problemas de saúde de todo o mundo a partir de uma análise de estatísticas e de tendências. 

A mudança de definição é um passo significativo e pode ajudar a remover o estigma que envolve o burnout, chamando atenção para o quão recorrente é essa condição e a importância de oferecer apoio a quem sofre com ela.  

O que é burnout?

O termo burnout foi cunhado pelo psicólogo Herbert Freudenberger na década de 1970 para descrever uma condição de estresse que leva a uma exaustão física, mental e emocional severa. Ele tem origem na expressão em inglês, que significa “queimar até se reduzir a cinzas” e é utilizado para fazer referência ao estado de esgotamento provocado pelo trabalho.

A síndrome de burnout, como é conhecida, possui três dimensões:

  1. Sentimento de exaustão ou esgotamento da energia: o cansaço persiste mesmo após alguns dias de folga; 
  2. Falta de identificação com o trabalho ou sentimentos de negativismo e desmotivação relacionados ao emprego
  3. Redução do desempenho profissional: a pessoa se sente mal em relação às tarefas que realiza e a produtividade cai.

De acordo com a Associação Nacional de Medicina do Trabalho (Anamt), burnout afeta 30% dos trabalhadores brasileiros ou cerca de 30 milhões de pessoas. Entre os fatores de risco estão a pressão do tempo (policiais e bombeiros), a falta de comunicação e suporte pelo empregador, tratamento injusto e carga excessiva de trabalho. 

Confira:

Principais sintomas

A síndrome de burnout pode afetar em grande proporção o bem-estar e a qualidade de vida de quem convive com a condição. Conheça quais são os principais sintomas: 

  1. Esgotamento: a pessoa se sente fisicamente e emocionalmente esgotada. Entre os sintomas físicos que podem aparecer estão: dores de cabeça, insônia, dores de estômago e alterações de apetite;
  2. Isolamento: indivíduos com burnout tendem a se sentir sobrecarregados. Como resultado, eles podem parar de socializar e confiar em amigos, familiares e colegas de trabalho;
  3. Busca por escapes: insatisfeitas e estressadas com seus empregos, pessoas com burnout podem fantasiar em "fugir" ou em saírem de férias sozinhas. Em casos extremos, podem recorrer a drogas, álcool ou comida como uma maneira de “mascarar” sua dor emocional;
  4. Irritabilidade:o burnout pode fazer com que as pessoas percam a calma com amigos, colegas de trabalho e familiares mais facilmente. Lidar com estressores normais, como se preparar para uma reunião de trabalho, levar as crianças à escola ou cuidar de tarefas domésticas também pode ser um problema, especialmente quando as coisas não saem como planejado;
  5. Doenças frequentes: o burnout, como outros estresses em longo prazo, pode diminuir o sistema imunológico, tornando a pessoa mais suscetível a resfriado, gripe e insônia, bem como mais vulnerável a outras questões de saúde mental, como depressão e ansiedade.

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