Doutor Jairo
Ouça » Dúvida

Por que ainda existe preconceito com quem tem depressão?

A psicofobia é o preconceito contra problemas relacionados à saúde mental - iStock
A psicofobia é o preconceito contra problemas relacionados à saúde mental - iStock

Redação Publicado em 01/06/2021, às 09h00

Doutor, por que ainda existe tanto preconceito com quem tem depressão?

Realmente, até hoje há muito preconceito com quem tem depressão, transtorno de ansiedade ou com aqueles que enfrentam qualquer dificuldade na esfera da saúde mental. Inclusive, existe até um nome para caracterizar esse tipo de preconceito: psicofobia

Isso está relacionado com a cultura vigente. Estamos muito acostumados a procurar um médico apenas quando há algum tipo de dor física. Porém, ainda enfrentamos uma enorme resistência individual, social e, até mesmo, cultural, quando se busca por um profissional de saúde mental, e isso precisa mudar. 

Depressão é coisa séria

A depressão é uma doença, um transtorno, que pode impactar em grande medida a vida da pessoa e de quem convive com ela. Então, é muito importante que se faça o diagnóstico e o tratamento o mais rápido possível. Além disso, também é fundamental quebrar o preconceito, tabus e estigmas que existem contra a saúde mental.   

Confira: 

Quais são os sintomas?

A depressão pode prejudicar muito a qualidade de vida. E o pior é que muita gente não leva os sintomas a sério ou, pior, acha que eles são sinais de fraqueza, preguiça ou covardia. Não são. Pode ter certeza.

Conheça os principais sintomas associados à depressão:

Sensação de tristeza prolongada ou de vazio, como se a vida perdesse suas cores;

– Falta de interesse generalizado, até nas atividades que geravam prazer e no sexo;

– Agressividade ou mau humor crônico;

Baixa autoestima, sensação de ser um peso para os outros ou sentimento de culpa;

– Pessimismo, sensação de que não há solução para o mundo ou para os problemas;

– Falta de energia, cansaço excessivo, perda de concentração e memória, falta de iniciativa;

– Agitação ou lentificação psicomotora (movimentos e pensamentos ficam mais lentos);

Insônia ou sonolência excessiva;

– Falta ou excesso de apetite;

– Mal-estar físico, como dores, fraqueza ou sintomas digestivos;

– Pensamentos sobre morte ou ideias de suicídio (nem sempre presentes).

Os manuais de diagnóstico sugerem que esses sintomas devam estar presentes a maior parte do dia, por no mínimo duas semanas. Claro que uma pessoa de luto pode passar mais tempo com o humor deprimido, mas se os sintomas não melhoram depois de algum tempo, é provável que a depressão tenha se instalado.