Mulheres se impressionam com homens musculosos? Tudo depende do tipo de relacionamento que elas querem ter, segundo um estudo publicado no periódico Personal Relationships.
Pesquisadores da Universidade de Arkansas, nos EUA, descobriram que elas tendem a valorizar a força física, especificamente do tronco superior, em relacionamentos de curto prazo.
Já para relacionamentos mais duradouros, qualidades como benevolência e humor afiliativo (aquele que as pessoas usam para se conectar com os outros) funcionam como atrativo mais eficaz.
A pesquisa foi coordenada pelo professor de psicologia Mitch Brown, e se concentra no uso de perspectivas evolutivas para entender comportamentos e preferências interpessoais.
Brown e duas estudantes de psicologia, Madeline Brown e Bridget O'Neil, coletaram as preferências de 394 mulheres, que se identificaram como heterossexuais ou bissexuais, em uma grande universidade pública norte-americana. Com uma idade média de 19 anos, 251 participantes eram solteiras e 143 tinham parceiros.
De acordo com estudos nessa área de psicologia evolutiva, o sucesso reprodutivo depende da identificação de um parceiro com traços físicos e psicológicos que satisfaçam metas reprodutivas relevantes.
Assim, o ideal é sempre buscar um parceiro que seja tanto fisicamente atraente quanto dotado de atributos comportamentais positivos. No entanto, a improbabilidade de encontrar esse parceiro “perfeito” tem exigido a priorização de um conjunto de traços em relação a outro.
Os pesquisadores buscaram determinar como as mulheres avaliam a desejabilidade de homens fortes que usam humor afiliativo e humor agressivo em contextos de curto e longo prazo. O humor afiliativo foi definido como benevolente, um tipo de humor que tenta conectar ou associar em vez de ofender ou alienar. Esse último tipo de humor, o humor agressivo, foi enfaticamente indesejável para as mulheres em contextos de longo prazo.
Os pesquisadores não encontraram efeitos interativos entre a força física e o humor. Em outras palavras, a força e o humor operaram de forma independente em sua influência nas preferências das mulheres.
Tatiana Pronin
Jornalista e editora do site Doutor Jairo, cobre ciência e saúde há mais de 20 anos, com forte interesse em saúde mental e ciências do comportamento. Vive em NY e é membro da Association of Health Care Journalists. Twitter: @tatianapronin
