Doutor Jairo
Leia » Saúde mental

Nunca é tarde demais para começar a terapia; entenda os benefícios

Se algo está diferente ou incomodando, o ideal é procurar ajuda de um terapeuta - iStock
Se algo está diferente ou incomodando, o ideal é procurar ajuda de um terapeuta - iStock

Redação Publicado em 10/12/2021, às 17h30

Envelhecer é um processo que traz muitas mudanças. Muda a aparência do corpo, a forma como ele funciona, a autoestima, e também pode alterar a função no trabalho ou na própria família.  

Tudo isso pode ser difícil de lidar sem ajuda e, por isso, ter um bom terapeuta ao lado pode ser uma boa ideia. À medida que mais e mais pessoas reconhecem as importantes conexões entre saúde física e bem-estar mental, o estigma em torno da terapia diminui. 

Por isso, vamos entender melhor alguns dos benefícios de começar a terapia depois de mais velhos, na meia-idade, e as razões pelas quais ela pode ser transformadora em qualquer faixa etária. 

1. Lidar com a mudança

Os hormônios flutuam em determinadas fases da vida. Quando o estrogênio, a testosterona e outros hormônios diminuem, diversos aspectos podem ser afetados, desde os hábitos de sono e os músculos, até a vida sexual. 

Além das mudanças dos níveis hormonais, lesões e doenças também podem impedir que você participe de algumas das atividades que você ama. E essas são apenas as alterações físicas.

Relacionamentos também podem sofrer grandes mudanças na meia-idade, por exemplo. Você pode se tornar um cuidador de uma parceria ou dos seus pais. Inclusive, entre adultos com mais de 50 anos, as taxas de divórcio duplicaram nas últimas décadas, levando à necessidade de ajustar-se à vida por conta própria depois de muitos anos sendo parte de um casal.

Assim, em um período de mudança, um terapeuta pode ajudar a:

  • Sintonizar o que você quer e precisa;
  • Esclarecer suas opções;
  • Aprender a confiar em seu próprio julgamento, mesmo em território desconhecido.

2. Criar espaço para explorar novas identidades

No caminho da meia-idade para a velhice, grandes transições acontecem, como a aposentadoria, podendo desestabilizar o senso de quem você é. Pesquisadores descobriram, por exemplo, que atletas de elite, muitas vezes, se sentem deprimidos e confusos depois de se aposentarem de esportes competitivos.

Confira:

Quando você não está mais fazendo algo que já foi o foco de sua vida, um grande vácuo pode se abrir, e sentimentos de desorientação são comuns. Algumas pessoas, inclusive, perdem a sensação de serem relevantes.

Mesmo quando a perda de identidade faz parte de um processo natural e passageiro, como a menopausa, viver a fase "entre identidades” pode ser desconfortável. A terapia é capaz de fornecer um senso de direção enquanto você se redefine, criando um espaço seguro para o processo de tentativa, erro e reflexão da identidade.

3. Apoiar por um luto ou uma perda

A perda pode acontecer em qualquer fase da vida. Mas, quanto mais tempo vivemos, maiores são as chances de enfrentarmos uma perda significativa. As crianças, por exemplo, crescem e saem de casa. 

Por mais horrível que seja o luto, ele é inevitável e um terapeuta pode estar presente como um apoio para ajudar a processar a tristeza, validar esses sentimentos e fornecer um suporte. 

A sensação de “arrependimento” também pode surgir, bem como o desejo de querer voltar ao passado. Ao envelhecer, muitas pessoas revisam suas experiências de vida querendo recordar e falar sobre tempos que se destacaram entre os eventos cotidianos. Algumas abordagens terapêuticas se concentram intencionalmente em ajudar os indivíduos a olharem para trás de forma produtiva.

Fonte: Healthline

Veja também: