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Não uso proteção ao fazer sexo com outras mulheres; qual o risco?

Não existe nenhum produto específico para sexo seguro entre mulheres; mas há como contornar isso - iStock
Não existe nenhum produto específico para sexo seguro entre mulheres; mas há como contornar isso - iStock

"Quando eu tenho relação sexual com outras mulheres, eu não uso nenhum tipo de proteção. Tem alguma doença que possa pegar?”

O contato íntimo entre mucosas – no caso de uma “tesoura”, por exemplo – oferece risco se uma das pessoas tiver uma infecção. Compartilhar objetos de uso íntimo, como vibradores, também pode favorecer a transmissão.

Além disso, se uma das duas tem herpes, em um momento de maior intimidade, ele pode ser passado para a outra. Por isso, a recomendação é que as meninas e mulheres tenham alguns cuidados e evitem o contato direto de mucosa com mucosa e, se forem compartilhar objetos, sempre façam uso da camisinha ou usem apenas o seu.

A “tesoura”, apesar de estar quase sempre relacionada ao sexo lésbico, pode ser feita por qualquer pessoa. A prática é baseada no encaixe das pernas de forma que os órgãos genitais se toquem por completo. No caso das mulheres, por exemplo, elas esfregam a vulva. 

Como se proteger em uma relação entre duas mulheres?

As mulheres também devem se proteger ao fazerem sexo com outras mulheres. E o cuidado não se resume ao contato de vulva com vulva, mas também no sexo oral, ao se masturbar, depois masturbar a parceira e ao compartilhar brinquedos eróticos.

Atualmente não existe nenhum produto específico para sexo seguro entre mulheres. Assim, a recomendação é cortar o preservativo e fazer barreiras plásticas para conseguir proteger as mucosas, como boca e vulva, bem como realizar os exames com uma certa constância e fazer rastreamento de infecções sexualmente transmissíveis (IST).

Tatiana Pronin

Tatiana Pronin

Jornalista e editora do site Doutor Jairo, cobre ciência e saúde há mais de 20 anos, com forte interesse em saúde mental e ciências do comportamento. Vive em NY e é membro da Association of Health Care Journalists. Twitter: @tatianapronin