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Higiene íntima: entenda como o pH protege a vulva e a vagina

A região íntima possui uma microbiota que protege contra a invasão de agentes externos - iStock
A região íntima possui uma microbiota que protege contra a invasão de agentes externos - iStock

A região íntima da mulher possui uma microbiota própria, ou seja, um conjunto de micro-organismos que, quando em equilíbrio, é capaz de proteger contra a invasão de agentes externos e, assim, manter a região íntima saudável, reduzindo o risco, por exemplo, de corrimentos e infecções.

Em uma escala de 0 a 14, onde -7 é ácido e +7 é básico ou alcalino, esse pH da vagina é ácido, oscilando entre 3.8 e 4.2. Essa acidez protege a vulva e a vagina contra micro-organismos nocivos e ajuda o sistema de defesa a reparar a barreira de proteção natural da pele.

Hábitos adequados de higiene íntima são cruciais para não alterar esse pH e manter a pele da vulva mais saudável. Isso inclui o uso de água corrente e de produtos detergentes que removam as secreções e não agridam a vulva e a vagina.

É bom lembrar que boa parte dos sabonetes possuem sulfatos em sua composição. Por serem bastante adstringentes, esses compostos vão na contramão da ideia de proteção da vulva e da vagina, já que podem prejudicar a microbiota, causar irritação e alergias, entre outras situações desconfortáveis.

Assim, escolher produtos suaves, com ativos naturais que respeitem o pH natural é uma ótima medida para quem quer proteger sua saúde íntima. Converse com seu ginecologista sobre essas alternativas e faça as melhores escolhas.

Este conteúdo é uma parceria com Nuaá.

Dr. Jairo Bouer

Dr. Jairo Bouer

Médico psiquiatra com formação na Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), biólogo pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), e mestre em evolução humana e comportamento pela University College London, além de palestrante e escritor. Twitter: @JairoBouerDr