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Ensino a distância aumentou horas de sono de jovens, diz pesquisa

Pouco sono pode levar ao cansaço geral, maior ansiedade e doenças físicas - iStock
Pouco sono pode levar ao cansaço geral, maior ansiedade e doenças físicas - iStock

Redação Publicado em 05/01/2022, às 18h00

O fechamento das escolas devido à pandemia de Covid-19 provocou efeitos negativos sobre a saúde e o bem-estar de muitos jovens, incluindo o aumento de sintomas de depressão, ansiedade, menos atividades físicas e mais tempo em frente às telas . Entretanto, o ensino à distância parece que também teve um lado positivo: a melhora do sono. 

Segundo uma nova pesquisa realizada pela Universidade de Zurique (Suíça) e publicada no JAMA, graças aos períodos mais longos de sono pela manhã, muitos adolescentes relataram uma melhora na qualidade de vida relacionada à saúde. 

Os dados mostraram que os alunos dormiram cerca de 75 minutos a mais por diadurante o isolamento já que conseguiam levantar mais tarde para a aula por não precisarem se locomover até a escola. 

75 minutos a mais de sono

Para a pesquisa, a equipe realizou um questionário online com 3.664 estudantes do ensino médio durante o período de confinamento, perguntando sobre seus padrões de sono e qualidade de vida. Em seguida, compararam as respostas com um levantamento feito em 2017 com mais de 5.300 jovens. 

Confira:

Os resultados mostraram que durante os três meses em que as escolas se mantiveram  fechadas, os adolescentes levantaram cerca de 90 minutos mais tarde nos dias letivos, mas foram para a cama, em média, apenas 15 minutos depois. Ou seja, isso significa que a quantidade total de sono aumentou cerca de 75 minutos diários.  

Nos finais de semana, houve pouca diferença nos horários de sono dos dois grupos. Além disso, os alunos confinados avaliaram também a sua qualidade de vida relacionada à saúde em um nível mais alto, bem como relataram consumir menor quantidade de álcool e cafeína.

Aulas mais tarde?

O déficit de sono em adolescentes pode levar ao cansaço geral, maior ansiedade e doenças físicas. Estes, por sua vez, têm um papel prejudicial sobre diversas funções cognitivas, como a concentração, atenção e memória. 

Assim, por precisarem acordar cedo para ir à escola, muitos jovens sofrem com a falta crônica de sono. Para os pesquisadores, as descobertas indicam um benefício de começar a escola no final da manhã para que os jovens consigam dormir mais e, consequentemente, tenham uma maior qualidade de vida relacionada à saúde.  

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