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Caminhar pode reduzir risco de diabetes tipo 2 em idosos

A diabetes afeta cerca de 13 milhões de brasileiros - iStock
A diabetes afeta cerca de 13 milhões de brasileiros - iStock

Redação Publicado em 21/01/2022, às 15h23

Caminhar regularmente e em uma intensidade maior pode ajudar a prevenir o diabetes tipo 2 em idosos com 70 a 80 anos, indica um novo estudo realizado pela Universidade da Califórnia em San Diego (Estados Unidos).

Publicada na revista Diabetes Care, a pesquisa revelou que a cada 1.000 passos por dia, as chances de desenvolver a doença são 6% menores entre os indivíduos da faixa etária estudada. 

Para o estudo, foram analisados dados de mulheres com 65 anos ou mais que não tinham o diagnóstico da condição e viviam de forma independente. Todas foram convidadas a usar um acelerômetro por 24 horas por dia durante uma semana. Tiveram, também, a saúde acompanhada ao longo de sete anos. Foram 4.838 mulheres estudadas e, desse total, 395, ou 8%, desenvolveram diabetes tipo 2. 

Diabetes tipo 2 é uma condição comum

Adultos com 65 anos ou mais, geralmente, convivem com certos desafios de mobilidade. Assim, à medida que a atividade física diminui, o risco de diabetes tipo 2 aumenta.

Vale lembrar que essa é uma condição comum, que afeta cerca de 13 milhões de brasileiros, segundo estimativa da Sociedade Brasileira de Diabetes, sendo que grande parte não sabe que tem a condição.

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Confira:

Um relatório dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos EUA, indica que 30,3 milhões de adultos têm diabetes e outros 84,1 milhões têm pré-diabetes ou apresentam  níveis de açúcar no sangue acima do normal, mas não o suficiente para receberem o diagnóstico.

Os pesquisadores explicam ainda que, anualmente, 500 mil estadunidenses são diagnosticados com a doença. Assim, se todos aumentassem em 2.000 passos por dia – juntamente com a estimativa de redução de 12% do risco –, seriam 60.000 pessoas por ano que não receberiam o diagnóstico do diabetes.

A intensidade é diferente para cada idade

É importante ressaltar que a idade desempenha um papel importante quando o assunto é o nível de intensidade da atividade física. Ou seja, o que é um exercício de intensidade moderada para um idoso é muito diferente do que é para um adulto ou jovem-adulto. 

Não é uma questão de andar tão longe, tão rápido ou fazer a caminhada em uma subida para alcançar o nível de intensidade alta. Passos de intensidade moderada ou vigorosa são os que fazem a pessoa respirar mais ofegante e com dificuldade para conversação.

Assim, para uma pessoa de 70 a 80 anos, por exemplo, apenas andar ao redor do quarteirão uma vez é considerada uma atividade de intensidade moderada a vigorosa. Além disso, todas as etapas contam: se o indivíduo está em casa se movendo da sala para o quarto, dando uma caminhada ao ar livre ou andando em um supermercado. 

Os pesquisadores acreditam que, no futuro, os médicos poderão personalizar um plano de atividade física analisando como o risco genético de um indivíduo ou o histórico familiar de diabetes influencia o número de passos necessários por dia para reduzir os riscos de desenvolver a condição.

Ainda segundo os autores, de qualquer forma, é importante manter e incorporar passos regulares como parte da programação diária e tornar isso uma rotina. Não basta fazer uma caminhada uma vez por semana, o ideal é realizar essa atividade regularmente. 

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