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Sou “viciado” em masturbação e pornô; o que fazer?

Comportamentos que geram prazer, como consumir pornografia, podem gerar compulsão - iStock
Comportamentos que geram prazer, como consumir pornografia, podem gerar compulsão - iStock

Redação Publicado em 07/02/2022, às 17h30

“Doutor, comecei a ver pornografia com oito anos. Hoje tenho 12 e sou viciado em pornografia e masturbação e acho que isso me atrapalha. Você tem alguma dica para eu parar de me masturbar e ver pornografia?”

Mesmo que este seja um fato que atrapalhe e incomode, a proposta de uma interrupção total é algo inviável do ponto de vista de comportamento. O mesmo acontece com aquelas pessoas que falam “nunca mais vou comer doce”, às vezes, traçamos metas que são inalcançáveis. 

Então, nesse caso, o mais realista é tentar reduzir a frequência da masturbação e procurar se desligar das imagens pornográficas usando a própria imaginação e fantasias para aprender a se masturbar de outras formas. 

O ideal é que a própria pessoa encontre um limite que seja adequado e que não a prejudique. Caso ela esteja enfrentando dificuldades para controlar sozinha, uma boa alternativa é procurar a ajuda de um profissional de saúde mental.

@jairobouer "SOU V!C!AD0 DESDE OS 8 ANOS!” 🚨 #jairoresponde#duvida#dicas#jairobouer#curiosidade#saude♬ som original - jairobouer

Como saber quando algo virou “vício”?

Podemos falar que alguém tem uma dependência ou compulsão quando perde o controle sobre determinado comportamento.

Muita gente consome pornografia com frequência, por exemplo, ao se masturbar. Mas quando o comportamento começa a ocupar um espaço muito grande na vida da pessoa, a ponto de atrapalhar o trabalho, o estudo e os relacionamentos, aí sim podemos falar que existe um problema.

Confira:

A pornografia pode prejudicar o sexo?

Vários estudos têm mostrado que o consumo excessivo de pornografia, principalmente pelos homens, produz uma expectativa em relação ao desempenho na cama que é totalmente descolada da realidade. 

As cenas apresentadas nessas produções são de relações sexuais performáticas, que não acabam nunca, e com atores que ejaculam em grandes quantidades, o que faz muitos homens acharem que ejaculam pouco.

Diante disso, alguns estudos indicam que assistir vídeos eróticos em excesso pode apresentar alguma disfunção erétil. Possivelmente, o problema está relacionado com os estímulos dos vídeos, que provocam uma dimensão exagerada da performance sexual, levam a comparações indevidas e geram ansiedade. 

Outro ponto de atenção é que uma parte das pessoas desenvolve quase que uma dependência dessas produções – ou seja, só conseguem ficar excitados ao assistir pornografia – o que também pode dificultar na hora H.

Então, a recomendação é estar atento e não exagerar nem no tempo e nem na quantidade de estímulos buscado nesse tipo de conteúdo. O melhor termômetro sempre é você mesmo e se achar que está exagerando, tente controlar um pouco. Se não estiver conseguindo, busque ajuda por meio da terapia.

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