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Quanto tempo depois da situação de risco o HIV pode ser detectado?

Confira como são feitos os testes - iStock
Confira como são feitos os testes - iStock

Redação Publicado em 04/03/2022, às 11h00

Para prevenir infecções sexualmente transmissíveis (IST), como o HIV, o mais recomendado é o uso de preservativo. Contudo, é importante saber o que fazer quando o preservativo não é usado.

No caso do HIV, por exemplo, a infecção pode ser detectada 30 dias após a situação de risco. Isso porque o exame (o laboratorial ou o teste rápido) busca por anticorpos contra o HIV no sangue e o nosso corpo demora um tempo para identificar e começar produzir esses anticorpos. Esse período é chamado de janela imunológica.

É essencial destacar que o teste para diagnóstico do HIV, quando feito precocemente, permite iniciar logo o tratamento, o que aumenta a expectativa de vida. Quem busca tratamento especializado no tempo certo e segue as recomendações médicas ganha qualidade de vida e pode controlar o vírus a ponto de o HIV ficar indetectável e intransmissível por via sexual.

E o teste rápido?

Além do teste tradicional ou convencional de sangue, que demora de 15 a 20 dias para ficar pronto, principalmente por conta da análise laboratorial, há testes não só de HIV como também de sífilis e hepatites B e C de metodologia rápida, em que o resultado fica pronto em 30 minutos. O procedimento consiste em uma simples picada no dedo ou a coleta do fluido oral (no caso do HIV).

PrEp e PeP: qual a diferença?

Além dos testes, utilizados para quando a situação de risco já ocorreu e a pessoa quer saber se está contaminada, também existem dois medicamentos que visam impedir a contaminação do vírus. 

PrEP, por exemplo, é utilizada antes do ato sexual sem preservativo. A pessoa toma uma combinação de medicamentos antirretrovirais diariamente, que vão se concentrar no organismo e, caso ocorra exposição ao vírus HIV, a substância farmacologicamente ativa no sangue impedirá a instalação da infecção.

O SUS disponibiliza a PrEP,  mas a pessoa deve atender a alguns critérios para que possa receber esse medicamento:

  • Gays;
  • Homens que fazem sexo com homens (HSH);
  • Pessoas trans;
  • Casais sorodiferentes;
  • Trabalhadores sexuais;
  • Pessoas que frequentemente fazem o uso de PEP e deixam de utilizar camisinha nas relações sexuais que envolvam penetração.

Números da Coordenadoria de IST/AIDS do município de São Paulo mostraram que em 2021, na capital, mais de 10 mil pessoas faziam o uso de PrEP, o que demonstra o crescimento na distribuição dessa medida profilática tão importante e eficaz.

A PrEP, oferecida pelo SUS desde 2018, já reduziu em mais de 25% o número de novas infecções pelo vírus HIV na cidade de São Paulo em relação aos anos de 2018 e 2019.

Já a PEP é um medicamento de urgência, ou seja, caso a pessoa tenha se exposto ao risco de ter contraído o HIV, ela deve se dirigir a um serviço de saúde especializado e solicitar os medicamentos da profilaxia pós-exposição. Lembrando que, por se tratar de urgência, o paciente tem até 72 horas após a exposição para iniciar o tratamento, que é feito também com medicamentos e dura 28 dias.

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