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Quando o ginecologista pode quebrar o sigilo e falar com os pais?

A partir dos 14 anos, as meninas já podem entrar sozinhas no consultório - iStock
A partir dos 14 anos, as meninas já podem entrar sozinhas no consultório - iStock

Redação Publicado em 03/05/2021, às 11h07

É super importante que a adolescente entenda que, a partir do momento em que ela menstruar pela primeira vez, precisa procurar um ginecologista para começar seu atendimento. Esse é um momento importante, em que surgem muitas dúvidas e questionamentos, então o médico é essencial para guiá-la.

“Normalmente, nessas primeiras vezes, a menina chega ao consultório trazida pela mãe”, comenta Jairo Bouer. “E é muito comum se perguntar se pode ficar com o mesmo ginecologista da mãe ou se deve buscar um diferente”.

Por isso, é importante explicar para a adolescente que ela tem direito à escolha.

É legal ressaltar também que, quase sempre, tudo o que for conversado dentro do consultório vai ficar no sigilo, então por mais que a mãe tenha o mesmo médico que a filha, ela não vai tocar nos assuntos que foram falados durante a consulta dela. Esse é um ambiente seguro.

Como funciona a primeira consulta?

Na primeira consulta, em grande parte das vezes, o exame físico não é necessário. É muito importante gerar confiança na adolescente e explicar que ela tem direito a entrar na consulta sem acompanhante, se assim preferir.

Outro fato legal de ressaltar é que é muito comum as pacientes passarem por vários profissionais até encontrar aquele que a faz se sentir segura e acolhida. Não há problema em testar vários!

E como funciona o sigilo?

A partir dos 14 anos de idade, toda adolescente tem direito a entrar sozinha na consulta médica e pode preservar os segredos entre médico e paciente. O médico só vai chamar algum responsável dessa paciente caso esteja acontecendo alguma situação grave em relação à vida dela, ou algo mais sério, como um diagnóstico de HIV ou assédio sexual.

A primeira consulta pode ser on-line?

Sim! Principalmente nesse momento de pandemia, essa pode ser uma boa saída. Nesse caso, aconteceria mais uma conversa entre médico e paciente para explicar sobre métodos contraceptivos e IST, por exemplo.

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