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O tamanho do clitóris pode influenciar no sexo?

O clitóris varia de cerca de 5 a 35 mm de tamanho, mas incha e aumenta se a mulher estiver excitada - iStock
O clitóris varia de cerca de 5 a 35 mm de tamanho, mas incha e aumenta se a mulher estiver excitada - iStock

Redação Publicado em 27/02/2022, às 15h00

O clitóris é considerado um gatilho importante para o prazer feminino. Localizado na junção dos pequenos lábios da vagina, é uma das regiões mais sensíveis do corpo da mulher, por agregar milhares de terminações nervosas – aproximadamente, mais de 8 mil, ou seja, quase o dobro das existentes na glande do pênis.

Em geral, o tamanho do clitóris varia de mulher para mulher. Mas, será que isso afeta, de alguma maneira, na hora do sexo ou de atingir o orgasmo?

O tamanho interfere?

Como foi dito, o tamanho do clitóris varia muito de mulher para mulher. Assim como as pessoas têm altura, cabelo, cor dos olhos e da pele, feições e traços diferentes, os órgãos sexuais também podem apresentar formatos distintos.

Algumas meninas, por exemplo, têm os pequenos lábios um pouco maiores do que os grandes lábios. Algumas têm o clitóris bem pequenininhos, enquanto outras têm um pouco maiores. A mesma coisa com os seios: alguns são grandes e outros são menores.

Isso é absolutamente normal e não deve interferir em nada na vida sexual de uma mulher! O mais importante é que ela conheça bem o seu próprio corpo e se sinta à vontade com ele, para, dessa forma, ter contato com o prazer com mais facilidade.

Vale lembrar ainda que o clitóris também tem seu tamanho alterado um pouco quando a mulher fica excitada. Na prática, ele sofre uma pequena “ereção” – é capaz de inchar ao ser preenchido com sangue, mesmo mecanismo que ocorre com o pênis –, podendo aumentar consideravelmente.  

Confira:

A diversidade é importante 

Assim como o clitóris, também existem diversos tipos e tamanho de vulva. Ela muda com o tempo e com as fases da vida. A vulva de uma adolescente é diferente daquela de uma mulher jovem e esta, por sua vez, é bastante distinta da de uma mulher na fase do climatério ou na terceira idade. Além disso, a maneira como a pessoa vê a sua vulva também muda ao longo dos anos. 

Um escultor britânico chocou o mundo em 2011 ao apresentar seu trabalho “The Great Wall of Vagina”– O Grande Muro da Vagina – que traz 400 vulvas diferentes. A obra demorou cinco anos para ficar pronta e foi feita através de moldes plásticos de vulvas de mulheres entre 18 e 76 anos com as mais variadas vivências: jovens, mais velhas, gêmeas, mulheres que pariram e outras que não eram mães. 

O trabalho impactou o mundo e foi muito repercutido pela mídia, inclusive ressurgiu recentemente e tem circulado pelas redes sociais. O autor, em uma de suas entrevistas, contou que o seu principal objetivo era desmistificar o tema em um cenário de ascensão da procura pelas cirurgias íntimas. Segundo ele, a ideia era que as mulheres, ao observarem a diversidade de vulvas, se enxergassem em alguma delas e percebessem que existem outras pessoas com vulvas iguais ou parecidas.  

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