Da Redação Publicado em 13/11/2020, às 18h09
Leão Lobo relatou um episódio difícil de sua vida de agressão por ser gay durante o programa ‘Sensacional’, de Daniela Albuquerque, na noite da última quinta-feira (12).
No bate-papo, o apresentador disse que sua orientação sexual foi motivo de violência após se assumir na televisão quando era jovem.
“Achei que iria morrer. Foi uma coisa estranha que por um tempo esqueci, apaguei o que aconteceu. Só fui lembrar de novo quando comecei a fazer terapia. Foi muito doloroso, e até hoje me dói”, contou, definindo como pior momento de sua vida.
Ele ainda afirmou que isso também lhe fechou muitas portas na vida profissional: “Tive problemas no mercado publicitário. Na época, precisava ter uma mulher apresentando o programa com você ou o cliente não iria querer anunciar”.
Jovens LGBTQI+, assim como Leão Lobo na época do trágico episódio, sofrem com constantes violências por conta de sua orientação sexual. Casos de homofobia podem deixar sequelas nas vítimas, tanto físicas quanto emocionais.
Segundo o estudo The Trevor Project 2020, 2 em cada 5 adolescentes LGBTQ+ pensaram seriamente em suicídio nos últimos 12 meses. Quase 70%, dos 40 mil entrevistados, reportaram sintomas de ansiedade generalizada, e quase metade se automutilou recentemente.
Por isso, é fundamental que o país adote políticas públicas efetivas de prevenção ao preconceito e discriminação, especialmente de crianças e adolescentes socialmente excluídos.
Projetos de capacitação de professores, autoridades e policiais também são essenciais. E o mais importante: cada um de nós deve perceber e rever o papel que tem na manutenção de todas as formas de preconceito. Tudo isso pode mudar esse cenário dramático da saúde mental dos jovens.
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