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Intoxicação alimentar: saiba quais os principais causadores

Cólicas, diarreia e enjoo estão entre os principais sintomas de uma intoxicação alimentar - iStock
Cólicas, diarreia e enjoo estão entre os principais sintomas de uma intoxicação alimentar - iStock

Redação Publicado em 21/02/2024, às 14h00

A intoxicação alimentar é uma condição provocada pela ingestão de alimentos e água contaminados (bactérias, fungos e vírus) que foram mal armazenados, estão fora do prazo de validade ou foram preparados sem as boas práticas de higiene. 

Sintomas 

Os primeiros sintomas podem surgir poucas horas após a contaminação, mas isso varia de acordo com o micro-organismo ingerido. Em geral, entre duas a 72 horas a pessoa tem contato com o início dos sinais da intoxicação: 

Se os sintomas forem mais graves, como desidratação (pouca urina, boca e garganta seca), perda de peso e diarreia que dura mais de três dias, o ideal é buscar ajuda médica. 

Principais micro-organismos causadores 

Segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CVC), entre os principais organismos causadores da intoxicação alimentar estão: 

Salmonella

  • Os sintomas começam de seis horas a seis dias após a exposição: diarreia, febre, cólicas estomacais e vômitos; 
  • Fontes alimentares comuns: carnes mal cozidas, ovos, leite e suco não pasteurizados, frutas e vegetais crus. 

Staphilococus

  • Os sintomas começam de 30 minutos a oito horas após a exposição: náuseas, vômitos, cólicas estomacais e diarreia;
  • Fontes alimentares comuns: alimentos que não são cozidos após o manuseio, como carnes fatiadas, pudins, doces e sanduíches. 

E.coli

  • Os sintomas começam de três a quatro dias após a exposição: cólicas estomacais graves, diarreia (muitas vezes sangrenta) e vômitos. 
  • Fontes alimentares comuns: carne moída crua ou mal cozida, leite não pasteurizado, vegetais crus (como alface), brotos crus, água sem saneamento básico adequado.

Clostridium

  • Os sintomas começam de 18 a 36 horas após a exposição: visão dupla ou turva, pálpebras caídas, fala arrastada, dificuldade para engolir e respirar, boca seca, fraqueza muscular e paralisia. Os sintomas começam na cabeça e migram para o resto do corpo à medida que a condição piora. 
  • Fontes alimentares comuns: alimentos mal enlatados ou fermentados, geralmente caseiros. 

Norovírus

  • Os sintomas começam de 12 a 48 horas após a exposição: diarreia, náusea, dor de estômago e vômitos.
  • Fontes de alimento comuns: verduras frondosas, frutas frescas, mariscos, água sem saneamento básico, pessoa infectada ou superfícies de toque que têm o vírus sobre elas. 

Pessoas com maior risco 

Qualquer um pode ter intoxicação alimentar, mas certos grupos são mais propensos a adoecerem e terem um quadro mais grave, já que a capacidade de seus corpos de combaterem germes e doenças não é tão eficaz. Esses grupos são:

  • Idosos com 65 anos ou mais;
  • Crianças menores de 5 anos;
  • Pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos;
  • Mulheres grávidas.

Como é o tratamento?

Um quadro de intoxicação alimentar, geralmente, é leve, dura poucos dias e a própria pessoa consegue se tratar sozinha. A primeira coisa a ser feita ao sentir um dos sintomas é repousar e beber muito líquido, especialmente água, água de coco e isotônicos (evitando bebidas com excesso de sódio). 

Se for um quadro mais grave e houver risco de desidratação (com vômitos e diarreias constantes), existem alguns medicamentos que podem controlar as náuseas. Neste caso, é preciso buscar ajuda médica para repor os líquidos e sais minerais por via endovenosa. 

Dá para prevenir? 

Um dos principais fatores para a prevenção da intoxicação alimentar é o cuidado com a água. Ter um saneamento básico adequado e uma boa qualidade da água para o preparo dos alimentos é fundamental.

Além disso, é importante tomar cuidado com a higiene e o armazenamento antes do consumo, ou seja, a forma de embalar e conservar na geladeira e freezer, não ingerir alimentos em conserva com embalagens amassadas ou estufadas e lavar as mãos depois de ir ao banheiro e antes de comer. 

Existem ainda alguns causadores mais comuns e que merecem uma atenção redobrada:

  • Peixes e frutos do mar;
  • Processados e embutidos (presunto, salames, salsichas);
  • Legumes e frutas.