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Dia Mundial do Diabetes: conheça os tipos e sintomas da doença

14 de novembro é a data escolhida para reforçar a conscientização sobre o diabetes - iStock
14 de novembro é a data escolhida para reforçar a conscientização sobre o diabetes - iStock

Redação Publicado em 14/11/2021, às 09h00

O diabetes mellitus é uma doença crônica que ocorre quando o pâncreas não produz insulina suficiente ou quando o corpo não consegue usar com eficácia a insulina que produz. Isso leva à hiperglicemia, ou seja, o aumento do nível de glicose (açúcar) no sangue, algo que, com o passar do tempo, gera inúmeros danos ao organismo, em especial aos nervos e vasos sanguíneos. 

Cerca de 10% da população brasileira sofre com algum tipo de diabetes, proporção que vem crescendo nos últimos anos. Estima-se que um em cada dois adultos desconheça o diagnóstico, porque nem sempre há sintomas logo no início. 

Diabetes tipo 2

O diabetes tipo 2 resulta do uso ineficaz de insulina pelo corpo. Mais de 95% das pessoas com diabetes têm esse tipo, que é, em grande parte, resultado do excesso de peso corporal e da inatividade física.

Os sintomas podem ser semelhantes aos do diabetes tipo 1, mas geralmente são menos acentuados. Como resultado, a doença pode ser diagnosticada tarde demais, após o surgimento de complicações.

Até recentemente, esse tipo de diabetes era observado apenas em adultos, mas agora também está ocorrendo com frequência cada vez maior em crianças.

Diabetes tipo 1

O diabetes tipo 1 é caracterizado pela produção deficiente de insulina e requer administração diária desse hormônio. Em 2017, havia 9 milhões de pessoas no mundo todo com diabetes tipo 1; a maioria em países de alta renda. Infelizmente, nem sua causa nem os meios para evitá-lo são conhecidos.

Diabetes gestacional

O diabetes gestacional é a hiperglicemia com valores de glicose no sangue acima do normal na gravidez, mas abaixo dos diagnósticos de diabetes. 

Mulheres com diabetes gestacional apresentam risco aumentado de complicações durante a gravidez e o parto. Elas e possivelmente seus filhos também correm um risco maior de desenvolver diabetes tipo 2 no futuro.

Conheça os sintomas

Além de nem sempre presentes no início, os sintomas do diabetes podem, muitas vezes, ser confundidos com outras condições. Por isso é importante conhecê-los. 

Os sintomas clássicos, ou mais comuns, do diabetes (principalmente o tipo 1) são:

  • sede excessiva (polidipsia)
  • aumento da frequência urinária, principalmente à noite (poliúria)
  • aumento do apetite (polifagia)

Veja outras manifestações possíveis:

  • perda de peso sem razão aparente: a pessoa emagrece apesar de estar se alimentando bem, e pode até perder músculo, já que as células deixam de receber a quantidade adequada de glicose.
  • sangramentos na gengiva: periodontite (ou doença gengival) pode ser um sinal precoce de diabetes tipo 2.
  • sensações estranhas nos pés ou nas mãos: parte das pessoas já apresenta algum tipo de dano nos nervos ao receber o diagnóstico. Isso pode se manifestar como formigamentos ou perda de sensibilidade.
  • feridas que não melhoram: o excesso de açúcar no sangue interfere na cicatrização. Se a pessoa estiver com a sensibilidade alterada, um machucado no pé pode virar uma grave infecção.
  • visão embaçada: o excesso de glicose no sangue causa um inchaço do cristalino (lente do olho), o que faz mudar a sua forma e flexibilidade, diminuindo a capacidade de foco.
  • cansaço sem razão aparente: na pessoa com diabetes, as células do corpo não recebem a quantidade adequada de glicose, por isso há falta de energia.
  • infecções de repetição: o diabetes não diagnosticado ou tratado pode levar a infecções frequentes na bexiga (cistite), nos rins (pielonefrite) ou na pele.
  • manchas escuras: chamadas de acantose nigricante, podem aparecer em dobras de pele, como no pescoço ou na nuca, e sinalizam resistência à insulina.

Importância dos exames de rotina

Um simples exame de sangue pode revelar se você tem ou não a doença, ou se está com o chamado pré-diabetes, um aumento no nível de glicose que ainda permite a tomada de providências para evitar a condição. 

Ainda que o diagnóstico gere um forte impacto emocional, é importante saber que muitos avanços têm permitido às pessoas com diabetes controlar os níveis de glicose de forma muito mais eficaz e confortável do que há algumas décadas. Com isso, é possível afastar o risco de complicações e ter uma vida longa e plena. 

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