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15 situações que causam queda de cabelo e dicas de como lidar com isso

Perda de cabelo é um sintoma de mais de 30 doenças, incluindo síndrome dos ovários policísticos e doenças autoimunes - iStock
Perda de cabelo é um sintoma de mais de 30 doenças, incluindo síndrome dos ovários policísticos e doenças autoimunes - iStock

Redação Publicado em 02/03/2022, às 14h00

Durante o auge da pandemia da Covid-19 muita gente se viu literalmente perdendo o cabelo. Não era para menos, afinal, o estresse pode causar isso. Mas não é só ele, há várias condições que podem levar à perda dos fios. Algumas que você pode nem estar imaginando. Abaixo, uma lista com 15 delas, e algumas dicas de uma dermatologista e tricologista de como tentar mudar a situação.

1-Você está tomando certos remédios

Dê outra olhada nos efeitos colaterais dos medicamentos que você está tomando – a perda de cabelo pode estar na lista. Por exemplo: anticoagulantes, medicamentos para acne com alto teor de vitamina A, esteroides anabolizantes ou remédios para artrite, depressão, gota, problemas cardíacos ou pressão alta.

2-Você acabou de ter um bebê

Quando você está grávida seus hormônios impedem que seu cabelo caia com a mesma frequência que normalmente aconteceria. Isso faz com que pareça mais grosso e mais exuberante. No entanto, depois de dar à luz, você perde o cabelo extra à medida que seus hormônios mudam novamente. Tudo deve se equilibrar cerca de três a seis meses depois.

3-Você tem deficiência de ferro

O ferro ajuda a manter o cabelo saudável. Quando os níveis caem, seu cabelo também pode cair. Você provavelmente terá outras pistas de que o baixo teor de ferro é o culpado pela perda de cabelo, como unhas quebradiças, pele amarela ou pálida, falta de ar, fraqueza e batimentos cardíacos acelerados.

4-Você fez uma cirurgia para perda de peso

É mais provável que você lide com esse sintoma pós-operatório se seus níveis de zinco estiverem baixos, mas é comum perder algumas mechas após a cirurgia bariátrica. Seu médico pode recomendar um suplemento de zinco para ajudar a interromper sua perda de cabelo.

5-Você está estressado

Às vezes, grandes doses de estresse podem fazer com que o sistema imunológico do seu corpo se ligue e ataque os folículos capilares. Muita preocupação e ansiedade também podem interromper o crescimento do cabelo, o que o torna mais propenso a cair quando você escova. Durante a pandemia da Covid-19, por exemplo, aumentaram muito as reclamações de perda de cabelo.

6-Você não recebe proteína suficiente

Um corpo com pouca proteína encontra uma maneira de conservar onde pode, e isso inclui interromper o crescimento do cabelo. Cerca de dois a três meses depois disso, o cabelo começa a cair. Adicionar mais carne, ovos, peixe, nozes, sementes e feijão às suas refeições pode trazer mais proteína à sua dieta.

7-Você usa anticoncepcional

Controle de natalidade hormonal, como contraceptivos orais, implantes, injeções, anéis vaginais e adesivos podem desencadear a perda de cabelo se você tiver um histórico em sua família. Seu médico pode recomendar uma opção não hormonal que pode ajudar a manter mais fios.

8-Você abandonou o controle de natalidade

Não apenas iniciar o controle de natalidade hormonal pode desencadear a perda de cabelo, mas também parar. Você provavelmente notará uma mudança várias semanas ou meses depois de ter interrompido o processo.

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9-Você não trata bem seu cabelo

Às vezes, é a sua rotina de estilo que é a culpada quando seu cabelo começa a quebrar ou cair. Usar muito xampu, escovar ou pentear o cabelo quando está molhado, esfregar o cabelo seco com uma toalha ou escovar com muita força ou muita frequência pode forçar os fios e fazê-los quebrar. Duas grandes causas de quebra incluem tranças que são muito apertadas e o peso que elas provocam.

10-Você usa aparelhos que esquentam os fios

O uso diário de secadores, chapinhas e babyliss resseca os cachos e facilita a quebra e a queda dos fios. Descolorante, tintura, relaxantes e sprays de cabelo podem fazer a mesma coisa.

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Seus fios também podem cair quando você está com gripe ou infecção - iStock

11-Você tem outra condição

A perda de cabelo é um sintoma de mais de 30 doenças, incluindo síndrome dos ovários policísticos, micose no couro cabeludo, distúrbios da tireoide e doenças autoimunes. Você também pode perder cabelo quando está com gripe, febre alta ou infecção.

12-Você fuma

Seu cabelo não é imune aos danos que fumar pode causar. As toxinas na fumaça do cigarro podem mexer com os folículos capilares e impedir que o cabelo cresça e permaneça na cabeça. Mais um entre tantos motivos para abandonar o tabagismo.

13-Você está passando pela menopausa

Os hormônios em mudança durante a menopausa podem aumentar a queda dos fios. O problema deve desaparecer após cerca de seis meses. Mas se você notar que está aumentando ou que há perda de cabelo no topo e coroa de sua cabeça, converse com seu médico. Você pode ter um problema que pode ser tratado.

14-Você puxa os fios

O distúrbio de puxar o cabelo, ou tricotilomania, é uma condição de saúde mental que faz você sentir vontade de arrancar os fios do couro cabeludo. Pode ser difícil parar, mesmo quando você começa a ficar careca. Quando você tem este problema, pode querer puxar seus cílios ou sobrancelhas também.

15-Você tem um transtorno alimentar

Tanto a anorexia (não comer o suficiente) quanto a bulimia (vomitar depois de comer) podem fazer seu cabelo cair, porque seu corpo não está recebendo os nutrientes necessários para crescer e manter o cabelo saudável. Esses são transtornos mentais. Eles precisam ser tratados por uma equipe de profissionais de saúde mental, nutricionistas e outros especialistas médicos.

Dicas de como lidar com a situação

De acordo com a dermatologista e tricologista Kédima Nassif, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia e da Associação Brasileira de Restauração Capilar, a alimentação desbalanceada, por exemplo, pode causar o enfraquecimento dos fios e, consequentemente, queda intensa. “A alimentação possui impacto direto sobre o estado dos cabelos, pois é a responsável por fornecer os nutrientes para o crescimento e fortalecimento adequado dos fios. Logo, investir em uma alimentação balanceada durante esse período é fundamental”, afirma.

Kédima aconselha a evitar o consumo de açúcar, carboidratos refinados e alimentos de alto índice glicêmico, que, além de favorecerem a inflamação do organismo e o surgimento de dermatite seborreica, causam a liberação de hormônios que inibem a divisão de células da raiz dos fios, contribuindo, assim, para o afinamento capilar.

Invista em uma dieta rica em proteínas, como leite, ovos e carne, além de antioxidantes naturais, presentes nas frutas e verduras . “Uma ótima opção é o espinafre, já que possui altos níveis de ferro, mineral crucial para a formação do cabelo e para o transporte do oxigênio no sangue para as raízes. Os peixes também são muito importantes, pois são fontes de proteína, ferro, vitamina B12, ômega 3, cálcio e fósforo, micronutrientes que estimulam a formação de cabelos fortes e saudáveis”, diz a médica.

Além da alimentação, é indispensável também, como citado acima, que você preste atenção e gerencie os seus níveis de estresse. “Isso porque em momentos de tensão emocional liberamos cortisol, que, a longo prazo, pode favorecer o surgimento de quadros inflamatórios que impedem o crescimento adequado dos fios. Estudos têm apontado, também, que o estresse propicia o surgimento de fios brancos devido a liberação de noradrenalina, que pode causar danos nas células responsáveis pela produção do pigmento que dá cor aos fios”, alerta a tricologista.

Por fim, é importante também que você durma bem e garanta que seu sono está sendo de qualidade. Segundo Kédima, quando dormimos mal nosso organismo sofre com alterações hormonais que estão relacionadas a piora da queda de cabelo e ao surgimento de lesões inflamatórias, como caspa. Além disso, a falta de sono prejudica o sistema imunológico e, logo, o couro cabeludo torna-se um alvo mais fácil de infecções sebáceas.

“Existem vários motivos para a queda de cabelo, todos com causas, sintomas e tratamentos diferentes. No entanto, há algo em comum entre eles: quanto mais cedo você procura ajuda e inicia o tratamento, melhores são os resultados”, finaliza a médica.

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