Doutor Jairo
Assista » Outubro Rosa

Câncer de mama: tratamento pode impactar a vida sexual

O diagnóstico e o tratamento podem impactar a vida sexual, mas há recursos que ajudam muito! - iStock
O diagnóstico e o tratamento podem impactar a vida sexual, mas há recursos que ajudam muito! - iStock

O Outubro Rosa chegou e neste mês a gente se dedica a falar sobre saúde feminina e da prevenção do câncer de mama, o tipo de câncer mais comum entre as mulheres. O Ministério da Saúde aponta que, em 2022, foram registrados 73 mil casos novos da doença. 

Esse tipo de câncer é raro antes dos 35 anos de idade, e o risco aumenta com o passar da idade, principalmente após os 50 anos.

A maioria dos casos tem um bom prognóstico. Quanto antes for feito o diagnóstico e o início do tratamento, menos complicações a mulher vai enfrentar.

Principais sintomas

Os sinais mais comuns de câncer de mama são:

- pequenos nódulos, fixos, e geralmente indolores, nas mamas.

Mas pode haver outras alterações, como:

- pele da mama avermelhada, retraída, ou com aspecto de casca de laranja;

- alterações no formato do mamilo;

- e saída de secreção pela mama.

É importante que a mulher observe bem as suas mamas e, a qualquer sinal que chame sua atenção, que ela procure o médico.

As mamografias e os exames preventivos devem ser realizados de acordo com a orientação do seu ginecologista.

Vida que segue após o diagnóstico

Mas a vida não para por causa de um diagnóstico de câncer de mama.

As mulheres vivem histórias importantes de superação pessoal em que a vida familiar, amorosa, sexual e o seu trabalho são pontos fundamentais de apoio.

Mas a saúde emocional e a sexualidade feminina podem, sim, ficar impactadas durante essa fase. Medo, preocupação, ansiedade, insegurança, efeitos colaterais dos tratamentos médicos, tudo isso pode mexer com as emoções e com o corpo, e dificultar as respostas femininas durante o sexo. Muitas mulheres se queixam, por exemplo, de ressecamento vaginal e dor.

Existem recursos que ajudam!

Bom lembrar que, além de recursos como atividade física, alimentação saudável, técnicas de redução de estresse e psicoterapia, existem hidratantes vaginais que restauram a umidade natural da região íntima da mulher e promovem uma hidratação prolongada.

O ideal é escolher produtos livres de hormônios e parabenos, que sejam hipoalergênicos e compatíveis com o pH vaginal.

Se você precisa de alguma coisa ou quer dividir sua experiência para inspirar outras mulheres, conte com a gente. É só escrever no post do Instagram abaixo:

Dr. Jairo Bouer

Dr. Jairo Bouer

Médico psiquiatra com formação na Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), biólogo pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), e mestre em evolução humana e comportamento pela University College London, além de palestrante e escritor. Twitter: @JairoBouerDr