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Zileide Silva revelou câncer de mama: “Precisei fazer quimioterapia”

Zileide Silva explicou sua ausência no jornal - Reprodução / Globo
Zileide Silva explicou sua ausência no jornal - Reprodução / Globo

Redação Publicado em 27/07/2021, às 13h00

Na última segunda-feira (26), Zileide Silva, de 62 anos, voltou a trabalhar no “Em Pauta”, na GloboNews. Porém, por conta de seu afastamento do jornal, ela decidiu compartilhar com os espectadores o que havia acontecido.

“O telespectador que acompanha o 'Em Pauta' diariamente merece ouvir o porquê dessa minha ausência. Em meio a essa pandemia eu descobri um câncer. Eu precisei me afastar para fazer o tratamento, eu precisei operar esse câncer, precisei fazer uma quimioterapia. E aí foi necessário ficar afastada por um período, que é absolutamente normal, quem já passou por essa doença sabe”, disse a jornalista.

Zileide também falou sobre como descobriu o câncer e destacou a importância do autoexame.

“Eu percebi logo no início. E isso é superimportante também [...]. Por isso que é tão necessário fazer o autoexame. Eu fiz o autoexame e descobri, senti que tinha alguma coisa estranha, fui ao médico, fiz aquela série de exames. Tinha um câncer. Um câncer no seio. Fui operada, fiz a quimioterapia e voltei”, contou. “Estou muito feliz de estar aqui, de volta com todos vocês, meus amigos, que foram tão queridos nesse momento difícil, mas que a gente sabe que pode superar, sempre”.

Como investigar o câncer de mama?

Luciene Miranda Barduco, médica ginecologista e obstetra, explica que o melhor exame para diagnóstico precoce do câncer de mama continua sendo a mamografia, que, por limitações técnicas, não se indica para mulheres jovens.

Nas mulheres jovens, com menos de 40 anos, o ideal é focar no autoexame mensal, na avaliação das mamas pelo ginecologista anualmente e, sempre que houver queixa ou nova alteração, considerar fazer exames de imagem, como a ultrassonografia e, às vezes, até a ressonância magnética.

Caso a história familiar para câncer de mama seja preocupante, é preciso iniciar exames de rastreamento mais cedo, entre 30 e 35 anos.”

Para as mulheres acima de 40 anos, a mamografia é o principal aliado do médico na detecção do câncer de mama e deve ser repetida anualmente. Somente ela consegue identificar o sinal mais precoce do câncer de mama, as microcalcificações. Se existirem dúvidas na mamografia, podemos complementar a investigação com o ultrassom, a ressonância e até procedimentos invasivos.

E agora, doutora?

– Minha mamografia veio alterada, estou com câncer de mama?

– Na maioria das vezes, não!!

Toda e qualquer mamografia alterada merece ser avaliada, cuidadosamente, por seu ginecologista e, muitas vezes, pelo mastologista, o especialista nos cuidados com a mama.”

A classificação usada nos achados da mamografia é a Birads. Ela permite que mesmo um médico não especialista possa ter ideia do risco de câncer e orientar ou encaminhar sua paciente. Essa classificação vai de 1 a 5 e orienta a conduta de acordo com o risco de associação da alteração na mamografia com câncer:

  • Exames Birads 4 ou 5 indicam que o mastologista deve ser consultado devido a um risco maior de câncer
  • Birads 1 ou 2 não se associam a câncer. As maiores dúvidas com relação à conduta ocorrem com:
  • Birads 3, que, na grande maioria das vezes, traduzem alterações benignas, que podem ser simplesmente acompanhadas de perto, dispensando procedimentos invasivos.

Dessa forma, mulheres que tenham mamografia alterada merecem uma avaliação personalizada e cuidadosa, a fim de não perderem a possibilidade do diagnóstico precoce do câncer da mama, o que faz toda a diferença com relação à agressividade do tratamento e à possibilidade real de cura.

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