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Redes sociais fazem garotos acharem que maconha turbina o sexo

Imagem Redes sociais fazem garotos acharem que maconha turbina o sexo

Da Redação Publicado em 30/10/2020, às 14h04

Adolescentes do sexo masculino expostos a propagandas pró-maconha e postagens nas redes sociais sobre o tema são mais propensos do que as mulheres a associar o uso da droga a uma melhora no sexo. É o que afirmam pesquisadores da Universidade do Estado de Washington.

De acordo com um estudo feito por eles, os jovens tendem a achar que usuários de maconha são menos inibidos e têm mais prazer no sexo. E essa percepção faz com que eles se interessem em usar a droga no futuro com essa finalidade. Já as adolescentes e mulheres jovens parecem ser menos influenciadas por mensagens desse tipo e menos inclinadas a consumir maconha no futuro por isso.

Além da conexão percebida entre maconha e sexo, as descobertas mostram o impacto nos jovens da publicidade e dos conteúdos postados em mídias sociais que retratam a maconha de uma forma positiva.

Crédito: Pixabay

Como o estudo foi feito

A equipe avaliou questionários de dois grupos: um com mais de 300 jovens de 15 a 17 anos, e o outro com quase 1.000 jovens estudantes universitários. Todos os participantes também foram questionados sobre o uso prévio de maconha. É importante mencionar que o uso da droga é legalizado para jovens com mais de 21 anos no estado de Washington.

Independe da idade ou do sexo, os participantes mais expostos a conteúdos pró-maconha nas redes sociais relatavam maior intenção de usar cannabis no futuro, como mostram os resultados publicados no The Journal of Sex Research.

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Alerta a pais e autoridades

Regular as mensagens que os jovens veem nas redes sociais é difícil, já que a maioria do conteúdo é composta por postagens de usuários. Mesmo o conteúdo publicado por empresas que comercializam maconha muitas vezes não tem cara de anúncios tradicionais, segundo os pesquisadores.

Os autores sugerem que são necessários mecanismos mais sofisticados para regular os anunciantes de maconha. Eles usam como exemplo as diretrizes impostas nos EUA à indústria do álcool para inibir a vinculação de bebidas e sexo.

O alerta também vale para pais e educadores. É preciso que eles ajudem os jovens a ter uma visão mais crítica do que é divulgado sobre maconha na internet.

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