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Novembro Azul: quais os fatores de risco para o câncer de próstata?

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Redação Publicado em 01/11/2022, às 11h00

Novembro Azul é um movimento criado para chamar atenção sobre o câncer de próstata, o segundo mais comum entre os homens (atrás, apenas, do câncer de pele não melanoma). Segundo as estimativas mais recentes, há cerca de 65 mil novos casos da doença por ano no Brasil. 

A próstata é uma glândula localizada logo abaixo da bexiga e à frente do reto. Nela é produzida parte do sêmen, o líquido em que estão contidos os espermatozoides. A próstata envolve a porção inicial da uretra, o canal por onde a urina armazenada na bexiga é eliminada. 

A maioria dos tumores de próstata cresce lentamente, sem ameaçar a saúde do homem. No entanto, alguns deles podem crescer de forma acelerada e se espalhar para outros órgãos. Por isso é importante que homens façam exames regulares a partir dos 50 anos, ou mais cedo, quando há casos na família. Quando diagnosticada precocemente, a doença tem 90% de cura. 

O que aumenta o risco? 

Os principais fatores de risco para o câncer de próstata são:

Idade: a incidência e também a mortalidade aumentam significativamente após os 50 anos.

Grupo étnico: a incidência é mais alta entre os negros.

Pai, tio ou irmão com câncer de próstata: algo que pode refletir tanto fatores genéticos quanto ao estilo de vida ou hábitos alimentares da família.

Excesso de gordura corporal: é associado ao risco de câncer de próstata avançado, por isso o sedentarismo também é considerado um fator de risco, bem como uma alimentação rica em gordura animal e pobre em frutas, legumes e verduras. 

Exposição a certas substâncias: como aminas aromáticas (comum em algumas indústrias), arsênio (usado como conservante de madeira e como agrotóxico), produtos de petróleo, hidrocarbonetos policíclicos aromáticos (HPA), fuligem e dioxinas.

Sinais e sintomas

Nas fases iniciais, a doença é silenciosa. Mas é importante que o homem procure o médico se tiver os seguintes sinais ou sintomas:

  • Dificuldade para urinar
  • Diminuição do jato de urina
  • Necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite
  • Presença de sangue na urina ou no sêmen
  • Fraqueza, queda do estado geral
  • Dor óssea (quando a doença se dissemina)

Os sintomas acima são causados, na maioria das vezes, por outras condições que não o câncer de próstata, mas a avaliação do urologista é fundamental.

Diagnóstico

O diagnóstico é feito através de biópsia da próstata (por via trans-retal ou trans-perineal) e guiada por ultrassonografia e/ou ressonância magnética.

A indicação da biópsia depende dos exames de toque retal e dosagem de PSA, recomendados anualmente a partir dos 50 anos, ou a partir dos 45 anos (se houver histórico familiar). 

Tratamento

Quando a doença está localizada apenas na próstata, o tratamento pode envolver cirurgia, radioterapia e, em situações especiais, apenas observação vigilante (acompanhamento com exames periódicos). Para doença avançada, a indicação é de cirurgia associada ao tratamento hormonal. A escolha da terapia mais adequada deve ser individualizada.

Fontes: Ministério da Saúde, Sociedade Brasileira de Urologia, Inca (Instituto Nacional de Câncer) e Dr. Jairo Bouer.