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Estou voltando para a casa dos meus pais, e agora?

Existem estigmas sociais que envolvem a decisão de voltar a morar com os pais na fase adulta - iStock
Existem estigmas sociais que envolvem a decisão de voltar a morar com os pais na fase adulta - iStock

Redação Publicado em 24/05/2021, às 16h30

Um novo estudo realizado pela Universidade Estadual da Carolina do Norte (Estados Unidos) oferece algumas dicas de como os adultos podem enfrentar a experiência – muitas vezes, estranha – de voltar a morar com os pais da melhor forma possível. 

Segundo os pesquisadores, muitas pessoas estão voltanto para a casa dos pais por diversos fatores - e essa tendência tem aumentado devido à pandemia da Covid-19 e outros problemas econômicos relacionados. 

A pesquisa, lançada antes da pandemia do novo coronavírus, foi iniciada a partir de uma vontade de descobrir mais sobre como os adultos gerenciam o processo de retornar a morar com os pais. 

Para a equipe envolvida, os resultados são valiosos por fornecerem diretrizes que pessoas em situações como essa podem usar para garantir que a decisão de “voltar para casa” seja um passo para a frente em vez de um retrocesso – como é vista, na maioria das vezes, pela sociedade. 

Estigma vs. Investimento no futuro

Para o estudo – publicado na revista Emerging Adulthood – foram entrevistados 31 adultos entre 22 e 31 anos. As descobertas mostraram que, por um lado, os participantes estavam cientes do estigma associado à mudança de voltar para a casa dos pais sendo que já vivenciavam a fase adulta da vida. 

Entretanto, a pesquisa também revelou que aqueles que enquadravam essa mesma experiência como um investimento no futuro pensaram na decisão de uma forma mais positiva, além de comunicar sobre isso de maneira mais otimista. 

Aposte na comunicação

Ao longo do estudo, os pesquisadores descobriram quatro atitudes dos participantes que ajudaram a fazer da mudança “de volta para casa” uma experiência positiva para si e para seus pais: 

#1 Comunicar expectativas de forma clara: é importante definir e alinhar expectativas, tanto para os pais quanto para os filhos adultos. Por exemplo: haverá pagamento de aluguel? Existe horário para chegar em casa à noite?

#2 Contribuir com a casa: tudo funciona de forma mais tranquila quando os filhos deixam claro o que farão para ajudar com a casa, como o suporte com as tarefas domésticas

#3 Estabelecer cronogramas: é benéfico para todas as partes quando os filhos que voltam para a casa dos pais definem quanto tempo ficarão vivendo ali, quais os objetivos de carreira e financeiros e como a experiência de “voltar para casa” ajudará a alcançar esses propósitos.

#4 Ter um comportamento de adulto: os filhos que retornam para a casa dos pais já na fase adulta devem evitar escorregar em hábitos formados quando eram crianças se quiserem ser tratados como adultos. 

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