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Covid-19: entidades médicas alertam que não há eficácia em tratamento precoce

O comunicado ainda fala sobre negacionismo e disseminação de fake news - Reprodução / Instagram
O comunicado ainda fala sobre negacionismo e disseminação de fake news - Reprodução / Instagram

Redação Publicado em 21/01/2021, às 09h18

Na última terça-feira (19), A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Associação Médica Brasileira (ABM) emitiram uma nota alertando para a importância da vacinação e negando a eficácia de qualquer tipo de "tratamento precoce" para o Covid-19.

"Além das dificuldades já esperadas para o momento, a disseminação de fake news, especialmente por meio das redes sociais, não para de crescer. A desinformação dos negacionistas que são contra as vacinas e contra as medidas preventivas cientificamente comprovadas só pioram a devastadora situação da pandemia em nosso país", escrevem as entidades no informativo.

"As melhores evidências científicas demonstram que nenhuma medicação tem
eficácia na prevenção ou no “tratamento precoce” para a COVID-19 até o presente
momento", continuam. "Pesquisas clínicas com medicações antigas indicadas para outras doenças e novos medicamentos estão em pesquisa. Atualmente, as principais sociedades
médicas e organismos internacionais de saúde pública não recomendam o
tratamento preventivo ou precoce com medicamentos, incluindo a Agência Nacional
de Vigilância Sanitária (ANVISA), entidade reguladora vinculada ao Ministério da
Saúde do Brasil".

Por fim, eles finalizam lembrando a importância da vacinação: "As vacinas têm o potencial de evitar a COVID-19 grave, evitando internamentos hospitalares, necessidade de oxigenioterapia, admissões em unidades de terapia intensiva e óbito e, assim, controlarmos a pior crise sanitária dos últimos cem anos".

Aplicativo

Apesar de o Ministério da Saúde ter dito que não recomenda o tratamento precoce, ainda mantinha no ar um aplicativo chamado TrateCov, que seria indicado para profissionais de saúde, em que, após preencher um questionário sobre sintomas, recomenda o uso de hidroxicloroquina, ivermectina, doxiciclina, zinco e dexametasona. Em simulações, é possível chegar à indicação desses remédios mesmo para pacientes recém-nascidos, o que tem sido bastante criticado por muitos especialistas pelas redes sociais. Esses medicamentos, especialmente quando combinados, podem trazer efeitos adversos graves.