Doutor Jairo
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O que você deve levar em conta ao escolher o método contraceptivo

Para escolher o melhor contraceptivo para o seu caso é preciso pesar uma série de questões - iStock
Para escolher o melhor contraceptivo para o seu caso é preciso pesar uma série de questões - iStock

A escolha do método contraceptivo é algo que deve levar em conta uma série de fatores, como estilo de vida, histórico médico, eficácia e assim por diante. Por isso é tão importante pesar prós e contras e discutir com seu médico qual a melhor alternativa para você!

Para ajudar você nessa escolha, selecionamos, abaixo, alguns pontos centrais para você refletir:

1. Quero ou não usar um método hormonal?

Os métodos hormonais são mais seguros para prevenir uma gestação, mas algumas pessoas optam por não querer usar hormônios ou elas têm alguma condição de saúde que contraindica o uso de um método hormonal, como por exemplo histórico de trombose, idade maior que 35 anos, tabagismo, diabetes, hipertensão; doenças cardiovasculares, doenças hepáticas ou risco para câncer de mama ou de endométrio.

2. Se optar por um método natural, estou preparada para ter disciplina e ficar atenta ao meu corpo?

Aqui não dá prá fugir dessa reflexão. Métodos naturais são menos eficazes, e o ideal é que a mulher combine vários deles (como tabelinha, temperatura basal e controle do muco cervical). Além disso é bom lembrar que o uso da camisinha pode ampliar a confiança nesses métodos naturais, além de proteger contra ISTs.

3. Dá par usar só camisinha interna ou externa?

Dá sim, mas não pode esquecer de colocar desde o início da transa, seguir as recomendações do fabricante quanto a prazo de validade, conservação e forma de colocação, e retirar a camisinha logo depois da ejaculação, para evitar riscos de vazamento. E mais: é bom estar preparada para usar contracepção de emergência (pílula do dia seguinte) caso aconteça algum acidente de percurso, como a camisinha estourar, o que é raro.

4. Entre os hormonais, qual é o melhor?

Todos eles têm proteção semelhante e o importante é escolher o que melhor se adapta a você, no seu atual momento de vida. Pílula é um clássico, o mais popular de todos e o mais barato, mas a mulher não pode esquecer de tomar os comprimidos, no mesmo horário, todos os dias.

Adesivos precisam ser trocados uma vez por semana e tem gente que não curte nada colado na pele.

Injeções podem ser mensais ou trimestrais, mas têm a questão da aplicação, que muita gente não gosta!

O DIU hormonal e os implantes exigem um procedimento com intervenção do ginecologista, por outro lado é colocá-los e não se preocupar com o assunto por alguns anos.

Por isso é tão importante pesar prós e contras e discutir com seu médico qual a melhor alternativa para você!

Ficou com mais alguma questão?  Se ficou, escreve para a gente e lembre-se: procure um ginecologista com quem você se sinta confortável, tendo todo o suporte necessário, sem julgamentos, e com o máximo de acolhimento.

Este conteúdo é uma parceria com a Oya Care.

Dr. Jairo Bouer

Dr. Jairo Bouer

Médico psiquiatra com formação na Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo), biólogo pela UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), e mestre em evolução humana e comportamento pela University College London, além de palestrante e escritor. Twitter: @JairoBouerDr