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Março Amarelo: sentir dor durante o sexo não é normal!

Dor ou desconforto durante o sexo é algo que não deve ser normalizado - iStock
Dor ou desconforto durante o sexo é algo que não deve ser normalizado - iStock

Redação Publicado em 18/03/2023, às 10h00

O mês de março marca a campanha Março Amarelo, criada para conscientizar as pessoas sobre a endometriose, condição que afeta de 10 a 15% das mulheres em idade reprodutiva. Em parceria com a Oya Care, aproveitamos este período para alertar para um dos sintomas mais comuns dessa doença, a dor nas relações sexuais. 

Principais causas

Esse tipo de dor ou desconforto não deve ser considerado algo normal. O sintoma pode apontar para alguma questão de saúde física, ou mesmo de saúde emocional, que precisa ser cuidado. 

As principais causas de dor durante o sexo são: 

Não deixe de buscar ajuda

Não se esqueça: esse é um sintoma que não deve ser negligenciado. Infelizmente, ainda é difícil para muitas mulheres ter essa dor validada, tanto pelos parceiros, como, muitas vezes, no consultório médico. 

Por isso, é fundamental que toda mulher que sente dor durante o sexo procure o ginecologista com quem ela se sinta confortável, e tenha todo suporte necessário para suas dúvidas e angústias, sem julgamentos e com o máximo de acolhimento. 

Sobre a endometriose

Entre os principais sintomas da endometriose estão as cólicas fortes, que podem impedir a mulher de praticar atividades comuns, como trabalho e exercícios físicos, e as dores abdominais frequentes, que também podem ocorrer fora do período menstrual. Além desses, também são comuns:

  • Sangramento menstrual desregulado e intenso
  • Fadiga e cansaço
  • Sangramento intestinal durante o período menstrual
  • Dores fortes durante relações sexuais
  • Dificuldade de engravidar

Muitos casos de endometriose demoram anos para serem diagnosticados. O atraso médio mundial é de oito anos entre as primeiras queixas e o diagnóstico definitivo. 

A identificação acontece, muitas vezes, a partir de exames de imagem, como a ultrassonografia transvaginal e a ressonância magnética da pelve.

No Brasil, 15% das mulheres, ou sete milhões, sofrem com a doença. Famosas, como a apresentadora Tatá Werneck, a cantora Wanessa Camargo e a atriz Malu Mader já relataram sofrer com a condição e recorreram à cirurgia para aliviar as dores. 

Muitas mulheres manifestam o medo de não conseguirem engravidar devido à endometriose, mas, com o tratamento adequado para cada caso, é totalmente possível que a paciente tenha uma vida reprodutiva normal. Quanto antes o diagnóstico é feito, melhor. 

Tratamentos diminuem riscos 

Primeiramente, é importante realizar um acompanhamento com o ginecologista para entender o grau da condição e como prosseguir com o tratamento. Muitas vezes, o uso do anticoncepcional para suspender a menstruação é adotado para reduzir as dores.

Mesmo assim, quando são necessárias intervenções cirúrgicas, a ciência já avançou bastante para garantir procedimentos mais simples, que causam menos impacto na rotina.