dislexia não é doença, mas um distúrbio

Apesar de a maioria dos disléxicos ser diagnosticada na infância, ao aprender a ler e escrever, não é raro que adultos também descubram a dislexia, em um grau mais leve.

Dislexia não tem nada a ver com preguiça ou falta de inteligência. O que ocorre é uma dificuldade em conectar letras aos sons que elas fazem e, em seguida, mesclar os sons em palavras.

Essas crianças têm dificuldades ao processar as palavras, o que atrapalha a leitura e a escrita. Isso pode atrapalhar o desempenho na escola, gerando até bullying.

- Trocar letras, principalmente de sons parecidos, como F e V
- Confundir palavras que soam parecidas
- Dificuldade em memorizar números de telefone 
- Dificuldade em aprender idiomas

Sintomas comuns:

Mesmo sem superar totalmente a dislexia, a pessoa pode ter sucesso na vida. Mas o diagnóstico e o tratamento ajudam a evitar frustrações, baixa autoestima e baixo desempenho escolar. 

Causas: a dislexia está ligada aos genes. É mais provável que uma pessoa tenha o distúrbio se pais, irmãos ou outros parentes também tiverem. 

Diagnóstico: envolve avaliação multidisciplinar (com fonoaudiólogo, psicólogo, psicopedagogo, pediatra etc.), exame de processamento auditivo e visual, e o parecer da escola. 

O tratamento é individual, com equipe multidisciplinar. Fonoaudiólogos e psicólogos ajudam a criar estratégias para superar dificuldades. 

Criatividade é um traço dos disléxicos, por isso é aconselhável estimular a criança a desenhar, pintar, tocar instrumentos e praticar esporte. Audiolivros ajudam a melhorar a leitura.

Suporte emocional: comemore os sucessos e não deixe as dificuldades serem o foco principal. Lembre-se que pessoas muito talentosas têm (ou tiveram) dislexia.

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Textos: Dr. Jairo Bouer e Cármen Guaresemin

Edição e montagem: Jéssica Tangerino, Alexandre Cardoso, Priscila Ferraz 

Fonte: Maria Angela Nico (fonoaudióloga e psicopedagoga/ Associação Brasileira de Dislexia)