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Vacina BCG é fundamental na prevenção da tuberculose; entenda como

A tuberculose é transmitida entre pessoas pelo ar, tosse, espirro ou fala - iStock
A tuberculose é transmitida entre pessoas pelo ar, tosse, espirro ou fala - iStock

Redação Publicado em 01/07/2021, às 14h46

A vacina BCG comemora seu centenário nesta quinta-feira (1). Responsável por deixar o braço dos brasileiros com a marquinha característica, ela é fundamental na prevenção da tuberculose, doença que, até hoje, mata milhares de pessoas todos os anos. 

Vale lembrar que a tuberculose é contagiosa e é provocada por bacilo, que atinge principalmente os pulmões. Quando não tratada, ela pode provocar sérios problemas respiratórios, expectoração com sangue, emagrecimento, fraqueza e até a morte. 

Quando se deve tomar a vacina?

O médico pneumologista Álvaro Gradim, presidente da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP), conta que, desde 1976, o Ministério da Saúde brasileiro tornou obrigatória a administração da BCG na infância. Recomenda-se que a vacina seja aplicada em crianças de até quatro anos, de preferência em bebês recém-nascidos. Em jovens e adultos, o imunizante somente deve ser aplicado por recomendação médica, em situações específicas, como o surgimento de algum caso na família. Para receber a dose, é preciso ir a um posto de saúde e realizar exames diários e complementares. Tratada desde o início, a tuberculose é curada com eficácia. 

Como acontece a transmissão da tuberculose?

A tuberculose é transmitida entre pessoas pelo ar, tosse, espirro ou fala. Os principais sintomas são febre ao final do dia, tosse, fraqueza, cansaço e perda de peso. Gradim observa a importância de reforçar a necessidade de combater a enfermidade. Conforme estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS), dois bilhões de pessoas estão infectadas pelo Mycobacterium tuberculosis, nove milhões desenvolverão a doença e dois milhões morrerão a cada ano. 

"Precisamos enfrentar o problema e conscientizar a sociedade sobre a necessidade de prevenção, inclusive neste momento em que lutamos contra a pandemia, para a qual a tuberculose é uma das mais graves comorbidades", pondera o especialista, observando que no Brasil as estatísticas também são preocupantes. "Nosso país é o 18º com o maior número de casos de tuberculose em todo o mundo". 

Confira:

O médico salienta que outro problema no Brasil apontado pela OMS é que cerca de 20% dos doentes não são diagnosticados. Por isso, muitos casos somente são descobertos após a internação ou óbito. "Por isso, em situação de qualquer suspeita, como tosse incessante por mais de duas semanas, é importante procurar um médico". Rotina saudável, bom sono, alimentação correta e higiene são as melhores formas de prevenção em jovens e adultos. 

O presidente da AFPESP ressalta a importância de uma mobilização permanente contra a doença, envolvendo o poder público, a sociedade e as famílias. "É preciso divulgar sempre a questão, para que possamos reduzir a incidência da tuberculose no Brasil". Diagnosticada e tratada precocemente, de modo correto, a doença apresenta altos índices de cura.

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