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Ter um animal de estimação diminui declínio cognitivo em idosos

Os animais de estimação são associados a diversos benefícios para a saúde, como redução do estresse - iStock
Os animais de estimação são associados a diversos benefícios para a saúde, como redução do estresse - iStock

Redação Publicado em 25/02/2022, às 15h00

Uma nova pesquisa publicada pela Academia Americana de Neurologia mostrou que ter um animal de estimação, como um cão ou um gato, especialmente por cinco anos ou mais, pode estar relacionado ao declínio cognitivo mais lento em idosos.

Segundo os pesquisadores, outros estudos já sugeriram que o vínculo entre homem e animal pode trazer benefícios para a saúde, como a diminuição da pressão arterial e do estresse. Porém, esse novo levantamento revela que os bichos também podem ser protetores do cérebro. 

Quanto mais tempo, melhor

Para o estudo, a equipe utilizou dados cognitivos de 1.369 idosos, com idade média de 65 anos e que tinham habilidades cognitivas normais no início da análise. No total, 53% tinham um animal de estimação, sendo que 32% eram donos a longo prazo, ou seja, conviviam com o bichinho por cinco anos ou mais.

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Descubra, aqui, o bem que faz ter um bichinho de estimação

Confira:

A análise foi realizada através de múltiplos testes cognitivos que, posteriormente, foram utilizados para desenvolver um escore para cada pessoa, variando de zero a 27. Entre as experiências realizadas estavam testes comuns de subtração, contagem numérica e repetição de palavras.   

Ao longo de seis anos, os escores cognitivos diminuíram a uma taxa mais lenta nos donos de animais de estimação. Essa diferença foi mais forte entre aqueles que tinham o bichinho há mais tempo. 

Levando em conta outros fatores conhecidos por afetar a função cognitiva, o estudo mostrou que os donos de animais de estimação de longo prazo, em média, tinham um escore composto cognitivo 1,2 pontos maior em seis anos em comparação com aqueles que não eram donos. 

Para os pesquisadores, como o estresse pode afetar negativamente a função cognitiva, os potenciais efeitos do amortecimento desse sentimento a partir da posse de animais de estimação pode ser uma razão plausível para explicar o declínio cognitivo mais lento. 

A equipe lembra ainda que conviver com um bicho de estimação também pode aumentar a atividade física – já que é necessário passear com ele, por exemplo –, o que também é capaz de beneficiar a saúde cerebral. 

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