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Será que dá para confiar só na tabelinha?

A tabelinha como método exclusivo é arriscada, pois a data da ovulação pode mudar - iStock
A tabelinha como método exclusivo é arriscada, pois a data da ovulação pode mudar - iStock

Redação Publicado em 06/05/2021, às 18h00

Doutor, eu já namoro há dois anos e a gente quer fazer sexo sem camisinha. Dá para confiar só na tabelinha?

Primeiro, será que vale a pena deixar a camisinha de lado? Se essa for realmente a decisão do casal, alguns cuidados precisam ser tomados: 

1- Fazer uma consulta médica: a mulher deve ir ao ginecologista e o homem ao urologista para fazer testes a fim de diagnosticar possíveis infecções sexualmente transmissíveis (IST) e ter certeza que nenhum dos dois vai, eventualmente, transmitir uma infecção para o outro

2 - Ao deixar de usar o preservativo durante as relações sexuais, é preciso ter um pacto de fidelidade. Isto é, combinar que o casal só fará sexo entre eles e, caso ocorra algo fora do relacionamento, é essencial usar camisinha com essa terceira pessoa 

Só a tabelinha funciona?

Não dá para confirar apenas na tabelinha. O método é baseado em um cálculo: a ovulação da mulher acontece 14 dias antes do primeiro dia de menstruação – bem no meio do ciclo – sendo que o período fértil abrange os três dias que antecedem e os três que sucedem essa data.

Porém, muitas variáveis podem acontecer no meio do caminho, como: a mulher ter um ciclo irregular, a data da menstruação mudar com frequência e interferência de fatores emocionais. Além disso, muitas meninas, no começo da sua vida sexual, apresentarem oscilações hormonais importantes. 

Tudo isso pode fazer com que a data da ovulação mude a cada mês. Portanto, confiar apenas na tabelinha pode ser um pouco arriscado e ela não deve ser usada como método exclusivo para evitar uma gravidez.

Opções seguras de contracepção

Atualmente, quando pensamos em métodos anticoncepcionais hormonais, existem muitas opções disponíveis e seguras. Confira: 

Vale discutir com um ginecologista qual a opção que se encaixa melhor como estratégia de prevenção para cada mulher. 

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