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Preenchimento facial: veja quais são os riscos desse procedimento

Veja o que a biomédica especialista explica - iStock
Veja o que a biomédica especialista explica - iStock

Redação Publicado em 16/03/2022, às 10h00

Atualmente, muita gente tem tratado o procedimento estético como algo rápido e fácil de ser feito, mas não é bem assim que a coisa funciona. Antes de passar por qualquer procedimento, é necessário alinhar a expectativa com a realidade do que pode acontecer, além de procurar um profissional qualificado que explique tudo o que ocorrerá.

O preenchimento facial quando realizado com ácido hialurônico, que é um material já existente no nosso organismo, é seguro, relativamente rápido e com um pós-procedimento sem muitas restrições. Além disso, pode ser reversível em caso de complicações ou da não satisfação com o resultado. “A durabilidade pode ser considerada por alguns uma desvantagem, pois dura de nove meses até dois anos dependendo da região, mas na verdade é isso que o torna seguro, já que nosso rosto se modifica ao longo da vida e em casos de complicações podemos removê-lo. Existem preenchimentos permanentes, porém a segurança é questionável”, revela Gabriela Silveira, biomédica esteta e pioneira na aplicação da técnica de Microtox no Brasil.

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De acordo com o FDA não devemos ultrapassar a injeção de 20 mL de ácido hialurônico por ano, contando com o skinbooster, que não serve para preencher e sim para hidratar a pele. Ultrapassar esse limite não é seguro e nem mesmo saudável e temos que nos atentar aos casos de dismorfia em que os resultados desejados nunca serão alcançados.

 Quais são os riscos do procedimento? 

Para Gabriela, além da pessoa não conseguir mais se reconhecer, complicações graves podem ocorrer como a isquemia, que é a oclusão ou compressão de vasos sanguíneos pelo excesso de preenchedor e, se não tratado a tempo, pode levar a casos mais graves, como necrose de pele. 

Outra complicação, que inclusive tem sido bem frequente em pessoas que preenchem em excesso, é o Etip (edema tardio intermitente e persistente), que são casos de edemas na região de aplicação com dor, e podem ocorrer dias após o preenchimento ou até meses. “Isso porque o ácido hialurônico é seguro, porém a fórmula dele não tem somente ácido hialurônico e o excesso de preenchimento pode ser tóxico para a pele e para o organismo. A segurança e eficácia do preenchimento dependem do bom senso na quantidade”, explica a biomédica.

Para diminuir esses riscos deve-se procurar em primeiro lugar um profissional de confiança e qualificado no assunto, além de respeitar o limite seguro para cada região, seguindo a recomendação advinda dos grandes pesquisadores. Outro ponto é usar boas marcas de produtos e dispositivos adequados para o local, e também do conhecimento do profissional sobre a anatomia da região.

Na dúvida, converse com seu médico e tire suas dúvidas sobre o procedimento que você deseja!

*Gabriela Silveira é biomédica esteta, pioneira na aplicação da técnica de Microtox no Brasil, doutoranda em Ciências Biomédicas pela Iesla (em Rosário, Argentina), pós-graduada em Biomedicina Estética pelo instituto Ibeco, pós-graduada em Biortomolecular pelo Iseec, MBA em Cosmetologia aplicada à Estética, speaker na New York University, participante ativa de diversos cursos e congressos internacionais, proprietária da Clínica Slim Santé em São Paulo e do Grupo Dra. Gabriela Silveira, uma escola que oferece cursos de aperfeiçoamento na área estética para biomédicos, médicos, farmacêuticos e dentistas, presidente do Encontro Nacional de Biomedicina, membro da Aesthetic Multispeciality Society (Londres).

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