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Por que coito interrompido não impede gravidez?

Entenda por que o método pode ser falho - iStock
Entenda por que o método pode ser falho - iStock

Redação Publicado em 07/10/2021, às 15h30

Você provavelmente já ouviu alguém dizer que ter relações sexuais sem camisinha e “tirar antes” não teria problemas, mas será que isso é mesmo verdade? Esse método de retirar o pênis da vagina antes da ejaculação, também chamado de coito interrompido, até pode parecer eficaz, mas a verdade é que ele não diminui tanto assim as chances de gravidez.

Isso porque, além de nem sempre o homem conseguir se controlar e retirar o pênis a tempo, o líquido pré-ejaculatório, que é liberado pelo pênis antes da hora “H”, pode conter espermatozoides. Ou seja, há risco de engravidar mesmo que o parceiro goze fora, ainda que ele seja menor. Se o ciclo menstrual da mulher não for regular, o cálculo do período fértil fica impreciso, e a preocupação aparece no dia seguinte. 

Ele tirou, mas estou insegura, o que fazer?

Isso acontece com bastante frequência, ainda mais depois de saber sobre os riscos do famoso líquido pré-ejaculatório. Se a mulher não estiver tomando anticoncepcional e não contar com nenhum outro tipo de proteção, como o DIU, o ideal seria que ela conversasse com um ginecologista para saber o que fazer após uma relação desprotegida. 

Uma saída possível seria tomar a pílula do dia seguinte. Mas vale lembrar que essa medida, caso escolhida, deve ser providenciada rápido, pois sua eficácia diminui de maneira progressiva com o passar do tempo. 

Assim, o ideal é que a pílula do dia seguinte seja tomada nas primeiras 12 ou 24 horas após a relação sexual – período que garante maior eficácia, na ordem de 95%. Mas também é possível utilizá-la em até 72 horas (ou 3 dias) após a relação suspeita. Se tomada depois desse prazo, no quarto ou no quinto dia após a relação, a eficácia diminui bastante, e a mulher deve ficar atenta para o risco de gravidez.

Conclusão? Mesmo quando tomada de forma correta, a pílula do dia seguinte apresenta uma margem de falha e não garante 100% de proteção. Além disso, esse é um método reservado apenas para emergências. Portanto, é aquela velha história: melhor prevenir do que remediar.

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