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Elite de Hollywood entra em corrida para comprar vacina de Covid-19

O bom senso tem sido debatido desde que nomes de peso do entretenimento têm furado a fila da vacina - iStock
O bom senso tem sido debatido desde que nomes de peso do entretenimento têm furado a fila da vacina - iStock

Redação Publicado em 26/01/2021, às 14h44

À medida que as vacinas contra o coronavírus estão sendo produzidas, mais pessoas ficam ansiosas para que chegue sua vez e consigam se imunizar mais rapidamente. Ao mesmo tempo, as taxas de infectados não têm diminuido com rapidez e o medo de se contaminar continua presente na vida da maioria das pessoas.

Nos Estados Unidos, por exemplo, segundo uma reportagem feita pela Variety, nomes de peso da indústria do entretenimento têm se aproveitado da influência e das conexões que possuem para conseguir a vacina em primeira mão.

E, embora alguns esforços para receber a vacina antes do prazo não violem nenhuma lei, o bom senso tem sido debatido em Los Angeles, na Califórnia. Tal situação ilustra muito bem o grande abismo que existe entre ricos e pobres quando se trata de saúde.

Entre os nomes que obtiveram a vacina com antecedência, está o de Irving Azoff, que aproveitou quando, em meados de janeiro, Los Angeles expandiu o acesso para cidadãos com 65 anos ou mais. A mudança veio após um tempo em que se priorizava apenas profissionais de saúde e pessoas com mais de 75 anos. 

“Sou um sobrevivente do câncer de 73 anos. Recentemente, tive parte do meu intestino removido. Claro que recebi a vacina e estou feliz por ter feito isso. Todos os elegíveis devem ser vacinados assim que puderem ”, disse Azoff à Variety.

“Recebemos ofertas de suborno. Vemos pessoas pegando aviões para todos os lugares. Vimos pessoas tentarem entrar temporariamente na profissão de saúde ou na equipe de lares de idosos, para se qualificarem para uma vacina precoce ”, contou o médico Robert Huizenga, de Beverly Hills.

No Brasil

Enquanto isso, no Brasil também há quem esteja tentando furar a fila da vacina, que atualmente está restrita apenas para um pequeno grupo prioritário. Porém, o ato é considerado crime e, segundo o presidente da Associação Nacional de Desembargadores (Andes) Marcelo Buhatem, quem for denunciado pode responder por crimes de corrupção ativa ou passiva, além de peculato, com penas que variam entre 2 e 12 anos.

Além disso, políticos que permitirem que pessoas sem prioridade tomem a vacina podem ser processados por improbidade administrativa.