Doutor Jairo
Leia » Relacionamentos

15 novos termos virtuais usados por quem trai

Qualquer relação em que não haja exclusividade afetiva e/ou sexual (consentida) pode ser considerada não monogâmica - iStock
Qualquer relação em que não haja exclusividade afetiva e/ou sexual (consentida) pode ser considerada não monogâmica - iStock

Redação Publicado em 22/02/2022, às 17h00

A Covid-19 bagunçou tudo, inclusive conceitos associados a relacionamentos. A instabilidade dos últimos dois anos inspirou uma lista extensa de termos e tendências de namoro que refletem o caos que é viver um romance em meio a uma pandemia. 

Com as barreiras impostas por esse período: isolamento social, uso de máscaras e vacinação, grande parte das pessoas precisou mudar. Porém, o que fizeram aqueles que são adeptos ao adultério e preferem ser mais discretos? Adotaram novos termos!

O Ashley Madison, site de namoro para casados, divulgou a terceira edição do “Dicionário Discreto”, que traz referências e as principais tendências do mundo das relações. Confira!

Os 15 novos termos

O “Dicionário Discreto” traz uma lista completa e que inclui 15 novos termos e expressões utilizada em tempos pandêmicos: 

  • Surfando na Onda: para criar impulso sexual com vários parceiros de caso; 
  • Espalha Amor: um trisal durante a Covid-19;
  • Cônjuge sobre o ombro (SOS): um sinal de alerta de que um cônjuge está na sala;
  • Ponto Quente: um ponto de conexão revisitado. Normalmente, um local ao ar livre ou público;
  • Antidepilação: uma pessoa que adotou os pelos naturais do corpo durante a pandemia;
  • Cônjuge com Benefícios (SWB): um cônjuge que permite que seu parceiro principal tenha parceiros externos;
  • Boas Vindas ao Lar (Home Opener): o primeiro trio que um casal primário hospeda;
  • Máscara Dupla: para enganar seu amante;
  • Núcleo Poliamorista: uma comunidade virtual ou presencial de pessoas poliamorosas;
  • Bolha de Sexo: um grupo de pessoas que se relaciona enquanto se protege da Covid-19;
  • Promessa: para ser iniciado em uma bolha de sexo;
  • Lanchinho: quando você experimenta mais de um parceiro sexual/romântico;
  • Amor doentio: descreve casais que contraíram a Covid-19 juntos;
  • Reforço (Booster): um parceiro sexual que você vê a cada poucos meses para manter o ritmo;
  • Falso positivo: uma pessoa que se apresenta melhor on-line do que pessoalmente.

Confira:

Não monogamia é permissão para trair?

Não monogamia, como o próprio nome já indica, é uma negação, uma proposta de oposição à monogamia como forma de relação afetiva. Dentro do “guarda-chuva" não monogamia existem várias formas distintas de relação e definições possíveis, como: amor livre, poliamor, anarquia relacionamental e relacionamento aberto.

A não monogamia, portanto, se opõe à monogamia com base em novas propostas de relacionamentos que questionam os efeitos nocivos da monogamia para a sociedade. Assim, se na monogamia as duas pessoas envolvidas têm exclusividade afetiva e sexual, qualquer relação em que não haja essa exclusividade afetiva e/ou sexual (consentida) pode ser considerada não monogâmica.

Formas de relacionamentos não monogâmicos

Dentro da não monogamia, diversos arranjos são possíveis, desde que as pessoas envolvidas estejam cientes sobre os acordos, vontades, desejos e envolvimentos “permitidos”. Uma relação não monogâmica não oferece “uma permissão para trair”, até porque a traição é um conceito diretamente relacionado à monogamia, mas sim uma proposta de, com afeto, entender as diferentes formas de relação humana.

Dentro dos arranjos possíveis, há, por exemplo, poliamor, que pode ser “fechado” ou “aberto”. No fechado, três ou mais pessoas se relacionam amorosamente e sexualmente apenas entre si sem que possam se relacionar com outras pessoas; já no aberto, as pessoas envolvidas na relação podem ter envolvimento com pessoas de fora do relacionamento.

Para quem quer saber mais e até botar em prática relações não mono, a primeira questão é discutir com o parceiro ou parceira para ver se estão na mesma ‘vibe’. Não adianta uma das pessoas querer e a outra não – e também não adianta impor. Essa construção deve ser feita a quatro mãos para que as coisas fiquem em ordem para todas as partes envolvidas. Esse é o primeiro ponto: conversar para entender as expectativas do outro”, fala Jairo.

Além do poliamor, existem ainda outras formas de acordo, como o relacionamento aberto, em que há exclusividade afetiva entre as pessoas envolvidas, mas há liberdade sexual para manter relações com outras pessoas, e “amor livre”, em que há liberdade sexual e afetiva para que as pessoas envolvidas tenham relação de sexo e/ou de amor com quem quiserem.

Existe, ainda, a anarquia relacional, um modelo de relacionamento em que há relação afetiva entre duas ou mais pessoas, mas sem que adotem qualquer noção de hierarquia, podendo a relação sexual e afetiva acontecer com outras pessoas fora da relação da forma como cada pessoa envolvida preferir.

Outras formas de relações não monogâmicas são possíveis e, para quem quer começar a conhecer melhor a questão, vale pesquisar sobre o tema, conversar com outras pessoas sobre essa vontade e até participar de grupos que discutam as questões envolvidas nesse tipo de relacionamento.

Veja também: