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Como ajudar adolescentes a lidarem melhor com a acne?

A acne é uma condição prevalente na adolescência capaz de afetar também o psicológico - iStock
A acne é uma condição prevalente na adolescência capaz de afetar também o psicológico - iStock

Redação Publicado em 04/08/2021, às 20h00

A adolescência é uma fase de descobertas, inúmeras mudanças e de formação da identidade. Porém, juntamente com ela, surgem diversas questões que podem deixar esse período ainda mais desafiador, como é o caso da acne. 

As famosas espinhas podem ser extremamente incômodas para jovens. Seja em pequena ou em grande quantidade, a acne quase sempre é motivo de chateação entre os adolescentes.

Veja cinco dicas que orientam como pessoas que convivem com esses jovens podem ajudá-los a lidar melhor com a acne:

1. Leve a acne a sério 

Quando alguém diz a um adolescente que sofre com a acne, cravos ou qualquer tipo de manchas que elas desaparecerão sozinhas, esse comentário pode fazer mais mal do que bem. Afinal, estudos mostram que quem tem espinhas tende a apresentar autoestima mais baixa e sofrer bullying

Assim, tratar o mais rápido possível pode evitar que a acne piore. Sem tratamento adequado, a condição pode evoluir para um quadro mais grave e, quando a espinha é de grau severo, aumentam as chances de cicatrizes permanentes na pele.

2. Não seja “fiscal” do tratamento

Muitos pais, no intuito de ajudar, podem ficar “relembrando” o filho de forma exagerada para usar o tratamento contra a acne. Essa prática precisa ser feita com o mínimo de cautela. 

Alguns estudos feitos por dermatologistas mostraram que, quando os adolescentes são lembrados todos os dias de usar os produtos ou remédios receitados para tratar as espinhas, eles consideravam isso “irritante”. Dessa forma, os jovens acabaram seguindo as orientações com menos frequência e, consequentemente, o tratamento torna-se menos eficaz. 

Confira:

Nesses casos, o que os pais podem fazer é manter todas as consultas com o dermatologista. Há evidência de que as pessoas, incluindo adolescentes, são mais propensas a seguir um plano de tratamento antes e depois de uma consulta. 

3. Tente reduzir o estresse

Durante a adolescência, quase tudo pode parecer estressante. Portanto, qualquer coisa que possa ser feita para reduzir situações de estresse é benéfica. Afinal, o estresse tem grande potencial de provocar acne.

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Confira, aqui, mitos e verdades sobre as espinhas

4. Cuidado com os sinais de depressão 

O aparecimento e a convivência com a acne pode afetar adolescentes em relação a como se sentem sobre si. Pesquisas já mostraram que ter espinhas pode levar a quadros de depressão, ansiedade ou ambos.

Quanto mais tempo o jovem permanecer lidando com a acne, maior a probabilidade desses problemas acontecerem. Com isso, é muito importante que as pessoas que convivem com quem sofre com essa condição estejam atentas e saibam reconhecer os sinais, que podem incluir: 

  • Tristeza que dura duas semanas ou mais;
  • Perda de interesse em atividades que antes eram prazerosas;
  • Tendência de evitar atividades sociais, mesmo com pessoas da mesma idade.

Por isso, para adolescentes com acne, é fundamental buscar a ajuda de um dermatologista. Graças ao avanço no tratamento, praticamente todos os casos de espinhas são tratados com sucesso. 

5. Deixe-os ir ao dermatologista sozinhos 

Ao ir a um dermatologista, permita que o adolescente entre sozinho para a consulta. Isso pode facilitar o atendimento e criar um vínculo com o médico. Construir uma relação de confiança pode ser algo muito mais difícil de ser feito quando um responsável está acompanhando o jovem no consultório. 

Fonte: American Academy of Dermatology Association (AAD)

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