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É mais satisfeito quem está em relacionamento aberto ou monogâmico?

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Jairo Bouer Publicado em 14/10/2019, às 16h54 - Atualizado às 23h53

Numa sociedade que tem a monogamia como tradição, é natural que casais que assumem um relacionamento aberto sejam vistos com olhares meio tortos. Para os mais críticos, essas pessoas seriam instáveis e incapazes de “sossegar o facho”. Para outros, mais simpáticos à ideia, são pessoas maduras que sabem o que é viver. Afinal de contas, será que eles seriam menos ou mais felizes sexualmente?

De acordo com um estudo publicado recentemente, nem mais, nem menos: casais em relacionamento aberto e monogâmicos teriam níveis semelhantes de satisfação emocional e sexual. A conclusão é de pesquisadores da Universidade de Guelph, no Canadá, com participação da Universidade de Nova York.

O artigo com os resultados, publicado no periódico Journal of Social and Personal Relationships, derruba tanto o mito de que a monogamia seria o regime ideal, quanto a ideia de que ficar com uma pessoa só é tentar viver uma mentira. De qualquer forma, a amostra não é tão ampla assim: o trabalho contou com 142 indivíduos que afirmaram estar em relacionamentos não monogâmicos consensuais, ou seja, abertos, e 206 adeptos da monogamia.

Todos os entrevistados responderam a questões sobre satisfação com o relacionamento (emocional e sexual), e sobre a confiança no parceiro. Os resultados não trouxeram diferenças significativas entre os grupos.

O que teve mais importância como indicador de satisfação, segundo a pesquisa, não foi a estrutura do relacionamento, mas sim a motivação para o sexo. Em ambos os grupos, os mais felizes eram aqueles que transavam para se sentir mais próximos do parceiro ou para concretizar os próprios desejos. Os mais insatisfeitos eram aqueles que topavam sexo para evitar conflitos.

Não dá para dizer que relacionamento aberto é para todo mundo. Afinal, muita gente que se acha madura e moderna pode acabar se machucando ou sofrer de ciúme. Seja qual for a escolha, é preciso que a honestidade com o parceiro prevaleça. E que, ao ter relações com pessoas  fora do relacionamento, todos os cuidados sejam tomados para evitar infecções sexualmente transmissíveis, as ISTs.