Por que nos sentimos sós mesmo cercados por outras pessoas?

Durante uma live sobre os últimos acontecimentos do BBB 22, Jairo Bouer falou sobre as queixas de Arthur Aguiar de estar se sentindo sozinho. O brother, mesmo convivendo 24 horas com outras nove pessoas, diz que convive com a solidão. 

Seu comportamento, inclusive, divide opiniões entre os internautas, que ficam tentando entender se é algo relacionado à sua personalidade ou uma estratégia de jogo. A questão é que, de fato, podemos nos sentir sozinhos mesmo estando cercados por outras pessoas.

Marcas da vida 

Segundo Jairo, algumas pessoas tendem a interpretar tudo o que acontece de uma maneira ampliada, dependo das experiências que ela já enfrentou ao longo da vida:

Preconceito

Mulher tem menos risco de morrer quando tratada por médica

Saúde mental

Isolamento percebido afeta hábitos alimentares das mulheres

São pessoas que têm histórias de vida com questões de exclusão, bullying, violência, traumas, autoestima, isolamento e abandono, por exemplo. Então, mesmo estando no meio de outras pessoas, elas tendem a enxergar alguns sinais, como rejeição a elas”.

Nesse contexto, essas pessoas podem interpretar uma resposta “atravessada”, por exemplo, de duas formas: entender que a pessoa deve estar aborrecida com algo ou que não dormiu bem ou levar para o pessoal e acreditar que a “grosseria” está relacionada ao quanto a pessoa gosta ou deixa de gostar dela. 

A forma como a gente interpreta o sinal do mundo é algo muito pessoal e, obviamente, marcado pelas nossas experiências de vida. E aí, algumas pessoas tendem a amplificar essas situações e interpretá-las como se fossem um impacto negativo”, comentou Jairo.  

Confira:

• Terapia ainda é mais buscada por mulheres do que por homens
• Psicofobia: como o preconceito agrava a saúde mental das pessoas?

A terapia pode ajudar

Jairo explicou ainda que situações como essa melhoram com a ajuda da terapia, porque a pessoa percebe que a questão, na grande maioria das vezes, não está envolvida com ela e sim com outro indivíduo. Mas ela acaba interpretando de um jeito que a coloca em um contexto de desfavorecimento, isolamento, solidão e por aí vai. 

A terapia é, talvez, uma reprogramação de como a gente percebe o mundo e de como a gente se percebe. É quase como se você mudasse o jeito de olhar e interpretar esses sinais”, pontuou. 

Quando é hora de procurar a terapia?

Essa é uma pergunta complexa e que não tem uma resposta única. O cuidado com a saúde mental está cada vez mais em pauta, principalmente em um contexto de pandemia.

A melhor resposta é que a psicoterapia é indicada para todas as pessoas e não apenas para as diagnosticadas com algum transtorno psicológico. Diferente do que muitos pensam, fazer terapia não é “coisa de louco”. 

Buscar um acompanhamento psicológico é para todos os indivíduos que desejam funcionar melhor e que procuram autoconhecimento e bem-estar.

Confira alguns sentimentos e comportamentos que podem ser sinal de que é a hora de começar a fazer terapia:

• Variações de humor frequentes e por qualquer motivo: muito tristeza, irritação ou ansiedade;
• Sentir desmotivação;
• Queda de rendimento, como ter menor produtividade no trabalho ou nos estudos;
• Dificuldades nos relacionamentos;
• Desinteresse por coisas que gostava de fazer;
• Sintomas físicos sem explicação (após avaliação médica), como sudorese, batimento cardíaco acelerado e boca seca.

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